Que ano para se estar vivo, meus amigos. E que ano para se estar jogando videogames!

The Legend of Zelda: Breath of the Wild

Sei exatamente o momento em que me apaixonei por Breath of the Wild.

Nos primeiros cinco minutos, ainda me adaptando aos controles do meu novo Switch, abri um baú – Link agachou para destrancá-lo. Quando fui abrir o segundo, Link deu um chute na lateral para escancará-lo.

Animações diferentes para posicionamentos diferentes! Que game design maravilhoso!

Cada nova descoberta acidental desse tipo me deixava mais envolvido com Zelda e seu mundo cuidadosamente desenhado. E cada sessão é uma nova descoberta.

Nenhum outro game neste ano trouxe esta sensação e não quero que ela termine tão cedo.

Dos consoles ao PC, dos independentes aos AAA, 2017 foi carregado de ótimos títulos que misturam tudo o que – pessoalmente – procuro no mundo dos games: histórias envolventes, boa jogabilidade e aquela cuidado artístico que faz o olho gamer dar uma leve marejada

Sonic Mania

Esse é um golpe baixo na nostalgia, é verdade, mas também é jogo pelo qual quase todo o fã do ouriço esperou ansiosamente desde a década de 90: um misto de cenários conhecidos e novos; elementos antigos de jogabilidade e mudanças bem-vindas; e visual e trilha sonora incríveis. 

Sonic Mania foi o game que me recusei a terminar com pressa. Joguei quase que artesanalmente – passava por uma zona, enfrentava Robotnik, esperava o dia seguinte para jogar mais um pouco. Tudo porque não queria que o jogo acabasse tão rápido. 

Múltiplas doses de nostalgia que valem cada minuto.

Na minha lista de títulos do ano, busquei só escolher os cinco que mais me marcaram, mas acho que o resultado final é um bom reflexo do ano diverso que tivemos: não importa que tipo de gamer você seja, 2017 teve alguma coisa interessante para você. Vamos à lista!

Hellblade: Senua’s Sacrifice

Interessado na temática e ambientação do jogo, acompanhei o desenvolvimento de Hellblade de perto através dos constantes vídeo-diários da Ninja Theory. O resultado é que, bem antes de seu lançamento, já me sentia muito próximo deste game. 

E posso dizer com tranquilidade que, felizmente, ele entregou exatamente o que prometia:  design deslumbrante, combates intensos e uma história envolvente – carregada quase que completamente por Melina Juergens, intérprete de Senua. 

É uma jornada intimista e carregada de momentos tocantes e angustiantes. Um dos melhores títulos do ano.

Retrospectiva The Enemy

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Wolfenstein II: The New Colossus

O segundo jogo de uma série precisa trazer novidades? Sim, é claro. 

Mas apostar EXATAMENTE na mesma fórmula de seu antecessor pode não ser uma ideia tão ruim assim. 

Para mim, Wolfenstein II: The New Colossus é a maior prova disso em 2017. O título manteve a mesma jogabilidade ágil e frenética de The New Order, agregando apenas alguns novos elementos de jogo e uma nova história deliciosamente absurda para completar. 

O resultado é um dos game de tiro em primeira pessoa mais satisfatório do ano: sem nenhum medo de abraçar o nonsense e os estereótipos do gênero. Que venha o próximo, por favor!

Pyre

Confesso que não joguei Bastion. Ainda.

Em compensação, joguei Transistor muito mais do que o necessário para cravar a Supergiant como uma das minhas desenvolvedoras indies favoritas. 

Pyre era uma escolha óbvia para o cardápio de jogos que queria testar em 2017. Uma bela escolha. 

O título repete a fórmula de sucesso que marca o estúdio – ótima jogabilidade, arte fantástica e trilha sonora de chorar – e ainda agrega uma história complexa, que prende a atenção e nos faz refletir bem antes de cada escolha. 

Um dos grandes títulos do ano que não merece ficar de fora do seu radar.