
Silent Hill: Townfall é anunciado pela Konami
Jogo está em desenvolvimento na Annapurna Interactive
Nesta quarta-feira (19), a Konami anunciou um jogo inédito chamado Silent Hill: Townfall, que está em desenvolvimento pelo estúdio No Code (de Observation) em parceria com a Annapurna Interactive (de Stray, Outer Wilds e mais).
Nas palavras de Jon McKellan, diretor criativo do estúdio No Code, os primeiros detalhes sobre Townfall devem ser divulgados no período das festas de final de ano. Durante breve participação no evento da Konami, ele se declarou um grande fã de Silent Hill e prometeu ser fiel ao que se espera da franquia em um novo projeto.
Misteriosa e curta, a prévia de Silent Hill: Townfall mostra apenas um rádio usado para a comunicação entre duas pessoas não identificadas. Essas pessoas, inclusive, acreditam estar em algum lugar — provavelmente, Silent Hill — porque fizeram algo terrível.
Um aspecto específico da prévia chama atenção. Quando a voz que ouvimos se dá conta de que ele e essa outra pessoa podem estar lá para algum tipo de punição, essa voz demonstra certo receio. Aparentemente, apesar de os dois estarem em contato, um deles deve ter um objetivo particularmente perigoso para o outro.
Seria um indício de um jogo multiplayer? Ou, talvez, uma pista de que, na história, dois antigos amigos se virarão um contra o outro em busca da própria sobrevivência? Saberemos quando mais informações forem divulgadas a respeito. Por enquanto, não há data de lançamento e plataformas confirmadas para Silent Hill: Townfall.
Uma breve história de Silent Hill

A equipe conhecida como Team Silent trabalhou nos quatro primeiros jogos de Silent Hill, os mais bem sucedidos da franquia em termos de crítica. Diferente de Resident Evil e outros títulos do gênero, como Alone in the Dark, Silent Hill criou uma identidade própria por meio do chamado terror psicológico.
Mais do que alguns sustos e monstros horripilantes, Silent Hill sempre se destacou por abordar temas complexos. Viajar pela cabeça do personagem principal e entender as alegorias apresentadas em tela era muito mais assustador do que simplesmente enfrentar monstros bizarros com poucos recursos.
Embora a abordagem particularmente genial de Silent Hill tivesse se tornado um fenômeno para um grupo específico de jogadores, é fato que os jogos originais jamais se tornariam sucessos comerciais do nível de Resident Evil, que é a franquia mais famosa do gênero survival horror.
Os jogos de Silent Hill eram bem mais parados do que os de franquias semelhantes, por exemplo. Existia também a questão do tipo de abordagem, que era muito mais intensa e chocante para parte do público do que o oferecido por outros games. Tudo em Silent Hill desviava demais da normalidade.
Inevitavelmente, a Konami perceberia os limites de Silent Hill, que, apesar de artisticamente e conceitualmente autêntico, não rendia tanta grana quanto a empresa esperava, aparentemente. Portanto, a partir de Silent Hill: Origins (2007), o time original foi substituído pelo Climax Studio (na época, Climax Action), do Reino Unido.
Embora tenha sido relativamente elogiado pela crítica, Silent Hill: Origins marcou o início da decadência da série, que atingiria pontos particularmente baixos com Homecoming (2008) e Downpour (2012, último da série principal).
No geral, as críticas aos jogos do "período Ocidental" tinham muito a ver com a falta de inovação e o abandono dos temas complexos característicos da série Silent Hill. Seguindo um movimento similar ao de Resident Evil, a série havia se voltado mais para a ação — só que com menos competência.
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2022 marca exatamente uma década desde o último jogo da franquia Silent Hill. Finalmente, a espera pelo retorno da série parece estar próxima de acabar. Resta saber se vamos celebrar um novo game ou lamentar por mais um fracasso da Konami com a franquia.
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