Desenvolvido pelo estúdio Bloober Team, o Remake de Silent Hill 2 foi confirmado pela Konami nesta quarta-feira (19). Por enquanto, as únicas plataformas confirmadas são o PlayStation 5 e os computadores.
Como você pode conferir no trailer abaixo, a história é exatamente a mesma. James, o protagonista do segundo jogo, recebe uma carta misteriosa da esposa, que, na verdade, deveria estar morta.
Ele decide ir até Silent Hill, onde o casal, supostamente, construiu boas memórias, para reencontrar a mulher que acredita ter perdido. Contudo, chegando lá, o personagem principal se depara com criaturas bizarras.
Sem poupar muitos detalhes, a Konami já revelou até mesmo o visual reformulado do Cabeça de Pirâmide — que, convenhamos, está igual ao que nos lembrávamos com a diferença de que, agora, é em alta definição.
Masahiro Ito, que fez parte do Team Silent no auge da franquia, retornou na nova versão de Silent Hill 2 como artista conceitual. O compositor Akira Yamaoka também voltou para o novo projeto.
Uma das mudanças mais importantes do Remake em comparação com o Silent Hill 2 original está na câmera, que passa a seguir o padrão das recriações de Resident Evil, com o jogador olhando sempre por cima do ombro do protagonista.
A nova versão de Silent Hill 2 será lançada para PS5 e PC, mas ainda não há uma data de lançamento confirmada.
Uma breve história de Silent Hill
A equipe conhecida como Team Silent trabalhou nos quatro primeiros jogos de Silent Hill, os mais bem sucedidos da franquia em termos de crítica. Diferente de Resident Evil e outros títulos do gênero, como Alone in the Dark, Silent Hill criou uma identidade própria por meio do chamado terror psicológico.
Mais do que alguns sustos e monstros horripilantes, Silent Hill sempre se destacou por abordar temas complexos. Viajar pela cabeça do personagem principal e entender as alegorias apresentadas em tela era muito mais assustador do que simplesmente enfrentar monstros bizarros com poucos recursos.
Embora a abordagem particularmente genial de Silent Hill tivesse se tornado um fenômeno para um grupo específico de jogadores, é fato que os jogos originais jamais se tornariam sucessos comerciais do nível de Resident Evil, que é a franquia mais famosa do gênero survival horror.
Os jogos de Silent Hill eram bem mais parados do que os de franquias semelhantes, por exemplo. Existia também a questão do tipo de abordagem, que era muito mais intensa e chocante para parte do público do que o oferecido por outros games. Tudo em Silent Hill desviava demais da normalidade.
Inevitavelmente, a Konami perceberia os limites de Silent Hill, que, apesar de artisticamente e conceitualmente autêntico, não rendia tanta grana quanto a empresa esperava, aparentemente. Portanto, a partir de Silent Hill: Origins (2007), o time original foi substituído pelo Climax Studio (na época, Climax Action), do Reino Unido.
Embora tenha sido relativamente elogiado pela crítica, Silent Hill: Origins marcou o início da decadência da série, que atingiria pontos particularmente baixos com Homecoming (2008) e Downpour (2012, último da série principal).
No geral, as críticas aos jogos do "período Ocidental" tinham muito a ver com a falta de inovação e o abandono dos temas complexos característicos da série Silent Hill. Seguindo um movimento similar ao de Resident Evil, a série havia se voltado mais para a ação — só que com menos competência.
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2022 marca exatamente uma década desde o último jogo da franquia Silent Hill. Finalmente, a espera pelo retorno da série parece estar próxima de acabar. Resta saber se vamos celebrar um novo game ou lamentar por mais um fracasso da Konami com a franquia.
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