Prince of Persia: The Lost Crown parece ser não só o retorno triunfal de uma das séries mais tradicionais da indústria de games, mas também o mais próximo de um sucessor de Rayman Legends que o mundo espera há uma década.

(Bom, que eu espero, pelo menos)

Junto com uma pitada do estilo dos God of War clássicos, em que mortais enfrentam – e potencialmente humilham – deuses, e este tem o potencial de ser um dos grandes jogos de ação de 2024.

A demo do jogo mostrada na BGS 2023, disponível para o público tanto no estande da Ubisoft quanto da Nintendo, parece ser a mesma que o PH testou meses atrás durante o Summer Game Fest (confira as impressões dele em vídeo no fim do texto), com o jogador controlando o protagonista Sargon em meio a ruínas de uma cidade antiga.

Sem um tutorial, o combate do jogo é um pouco intimidador logo de cara, com diversas mecânicas que admito que não consegui dominar durante o teste, mas que parecem trazer mais opções para jogadores mais engenhosos.

Destes, o destaque fica com viagem no tempo, em que é possível criar um "eco" do personagem para ser transportado de volta em momentos de crise – ou para algum tipo de emboscada.

Prince of Persia: The Lost Crown
Ubisoft/Divulgação

O que dá para dizer é que os controles de combate e movimentação de Sargon são extremamente satisfatórios, com cada golpe saindo de forma extremamente fluida, e com diferentes animações dependendo do ângulo da alavanca analógica.

Há uma simplicidade no combate, mas ele também requer precisão, já que cada golpe inimigo tira muito da barra de vida, então cada erro, vacilo ou defesa antes da hora pode fazer a diferença.

Falando em defesa, o parry é essencial aqui, já que não só ele dá uma abertura para o ataque, como também carrega uma barra especial que, quando cheia, libera um ataque devastador contra o adversário.

A movimentação do combate é complementada muito bem pelas sessões de plataforma, que exigem atenção, tempo de reação e noção do espaço, e de como você pode movimentar Sargon por ele.

Prince of Persia: The Lost Crown
Ubisoft/Divulgação

É uma clara evolução do que Jordan Mechner criou com o primeiro Prince of Persia décadas atrás, mas estes foram os momentos em que a saudade de Rayman Origins e Legends bateu mais forte.

The Lost Crown, assim como esses jogos, são da Ubisoft Montpellier, e senti que os desenvolvedores do estúdio – pelo menos os daquela época que ainda estão lá – aplicaram as lições aprendidas uma década atrás neste novo projeto.

A estrutura da distribuição de plataformas, o jeito que você se movimenta por elas e alguns dos quebra-cabeças me faz pensar muito naqueles jogos. E como as chances de ver um novo Rayman neste estilo parecem minúsculas, me contento que parte de sua filosofia está sendo usada em um novo contexto.

Há muito mais que deu para sentir, mas não experimentar a fundo durante a demo: os diferentes amuletos que dão benefícios passivos para Sargon, mas tem limitações de espaço; os upgrades que podem ser adquiridos com cristais especiais para melhorar equipamentos e habilidades; as áreas inacessíveis que dão o tom metroidvania a tudo isso; etc.

Mas o que posso dizer é que, depois de testá-lo, fiquei ansioso para Prince of Persia: The Lost Crown de um jeito que não ficava com um jogo da Ubisoft há tempos.

É uma reinvenção de uma franquia clássica, trazendo seus elementos originais, mas com tudo o que se aprendeu com este tipo de jogo dos anos 1980 para cá.

Prince of Persia: The Lost Crown está previsto para 18 de janeiro no PC, PS4, PS5, Xbox One, Xbox Series e Nintendo Switch.


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