God of War: Kratos tem uma fixação compulsiva por cabeças

Kratos é um personagem que não aceita fazer tratos com deuses, que define seu próprio destino e tem um relacionamento estranho com sua família. Podemos dizer que é um personagem com muitas camadas e nuances e particularidades. Uma delas é sua fixação por cabeças.

Isso mesmo que você leu. O protagonista de God of War tem uma fixação compulsiva por cabeças.

Desde o primeiro jogo, Kratos coleciona cabeças e faz uso delas em todos os jogos principais da série. No primeiro jogo Kratos precisa matar a Medusa para Afrodite e mantém a cabeça do monstro mitológico como um artefato mágico que pode ser usado em combate.

Com ela em mãos, o Fantasma de Esparta consegue petrificar seus adversários. Esse poder, usado com L2+triângulo, é um dos mais úteis para áreas que têm muitos inimigos.

Assim como viria ser em todos os outros games da série, Kratos deixa seus pertences em algum lugar e tem que coletar novos poderes. Dessa forma, para continuar petrificando seus inimigos ele precisa de mais uma górgona. É aí que Euryale entra.

Ele encontra essa górgona em seu templo e sua missão é acabar com ela para chegar às Catacombs of the Fallen e seguir por sua aventura. Mas claro, já que estava com uma cabeça disponível, porque não levá-la no bolso?

No PlayStation 3, Kratos precisava ser mais criativo e brutal para se vingar de todo Olimpo. Em sua chacina, o Deus da Guerra acaba encontrando Helios e após um combate de violência sem igual, ele arranca a cabeça do Deus do Sol e acaba descobrindo que ela revela locais secretos com um feixe de luz.

Porém a cabeça de Helios também tem utilidade em combate, podendo disparar um feixe de luz poderoso que cega seus adversários e os deixa vulneráveis a ataques.

Partindo para a mitologia nórdica, Kratos já não é tão virulento a ponto de usar a cabeça de seus inimigos para usar seus poderes. Em God of War de 2018, Kratos encontra com Mimir,  também conhecido como o Homem Mais Inteligente do Mundo. 

Mimir foi conselheiro de Odin e embaixador dos deuses Aesir, porém, foi acusado por ajudar os gigantes ao lado de Tyr. Como pena, o feérico representante foi condenado a passar a eternidade preso em uma árvore no pico mais alto de Midgard. 

A árvore era tão poderosa que não poderia ser cortada, nem destruída. Isso acabou dando vida eterna para Mimir enquanto estivesse preso. Ele conta que Odin passou os últimos 109 invernos sendo torturado diariamente por Odin. Porém, sua inteligência não poderia ser facilmente descartada. Kratos corta a sua cabeça e leva para Freya revivê-lo. 

Mimir acaba se tornando um companheiro bastante útil e amigo de Kratos e Atreus, contando segredos dos Aesir e outras figuras importantes da mitologia nórdica e chama os dois como “irmãos” (ou “cara”, na tradução brasileira). Kratos, por outro lado, acaba tratando Mimir como um objeto qualquer e o prende na parte de trás de seu cinto. Isso ajuda o protagonista a saber quando será atacado pelas costas.

Antes de seguir, cuidado! No próximo parágrafo tem um pequeno spoilersobre o pós-jogo de God of War: Ragnarök.

Em God of War: Ragnarök, além de ganhar mais importância na história, Mimir se torna um poder para Kratos usar em combate. É o projeto Huldra #9 no qual Mimir dispara raios de Bifrost pelos olhos. Isso é feito com um capacete meticulosamente criado por Brok e Sindri, o último trabalho em conjunto dos irmãos.

O item é conquistado logo após a batalha final do jogo. Você ganha o projeto e depois pode falar com Lúnda e criar o item em sua forja. Em teoria esse poder é bem forte, mas existem outros artefatos que podem ajudá-lo no combate trazendo mais do que força bruta.

Com isso, passamos pelos cinco jogos principais de God of War e acreditamos que assim, mostramos a compulsão de Kratos e sua coleção de cabeças. 

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