Quando for lançado, em 17 de setembro, The Plucky Squire, ou O Escudeiro Valente, promete ser um dos grandes jogos do ano. Tivemos acesso às primeiras horas de gameplay e saímos impressionados das sessões de teste. De verdade, é um jogo com alma, ainda que seja até um pouco "cafona" definir assim. Em alguns casos, está permitido abraçar este lado mais divertido e descompromissado dos videogames.

Mas não digo isso para fazer alguma média ou para desmerecer o trabalho feito em The Plucky Squire pela All Possible Futures, produtora que é parceira da Devolver Digital, que apenas distribui, neste caso. Não se trata de um "entretenimento de desligar o cérebro", mas sim um jogo que demonstra o claro carinho que seus desenvolvedores quiseram, por mais que não seja, na superfície, algo que represente todo o poder da atual geração de consoles.

Imagem de The Plucky Squire

 

 
Reprodução

Por este motivo usei "na superfície". Quanto mais você joga, mais se surpreende e nota que The Plucky Squire só seria possível na atual geração de consoles. Transições suaves, animações muito bem feitas e agradáveis de assistir, entre vários outros elementos visuais que impressionam ao longo da jogatina.

The Plucky Squire é um game principalmente 2D, mas com elementos 3D em vários momentos. Em sua jogabilidade alternamos entre mundos, algo que é justificado ao longo do enredo, e o jogo muda completamente de estilo. Você vai passar por cenários e personagens 2D animados que lembram desenhos clássicos e também por momentos com 3D em ambientes realistas e com personagens que se movem em 360 graus. The Plucky Squire te surpreende a casa novo cenário, desafio ou fato da história.

Imagem de The Plucky Squire

 

 

Isso por conta de suas constantes transformações. A aventura de The Plucky Squire se desenrola como se fosse um livro. O personagem passeia pelas páginas, que se viram em tempo real e abrem novos cenários, personagens, histórias, cutscenes. Tudo, inclusive, narrado com uma ótima dublagem em português que a Devolver providenciou para este jogo.

A jogabilidade principal de The Plucky Squire se assemelha bastante com games mais clássicos da série The Legend of Zelda. Aliás, o esquema de mudar de mundo 2D para o 3D também se parece um pouco com o que foi visto em The Legend of Zelda: A Link Between Worlds, mas esta aventura tem carisma o suficiente para se sair como um produto original, e não mera cópia barata.

Imagem de The Plucky Squire

 

 

Ao mesmo tempo, The Legend of Zelda: Echoes of Wisdom pode ser o verdadeiro desafio de The Plucky Squire. Por conter similaridades, o público geral pode preferir o irmão mais famoso. E talvez este seja o principal desafio do game da Devolver Digital, pois os dois possuem apenas 10 dias de diferença entre seus lançamentos.

Mas, para quem resolver dar uma chance a The Plucky Squire, ou O Escudeiro Valente, vai se surpreender. E vai se divertir bastante. O game realmente te pega desprevenido em diversos momentos e situações. Ele abraça, com vontade, a variedade de jogabilidade presente. Em algumas lutas contra chefões, por exemplo, ele apresenta desafios de ritmo ou inspirados em outros títulos famosos, como o primeiro chefe que você enfrenta, no melhor estilo Punch-Out, também da Nintendo.

Ao mesmo tempo que é uma homenagem e referência, é um sopro de originalidade narrativa, graças a esforços artísticos e uma incrível qualidade de animações, roteiro e jogabilidade fluida e interessante.

Fiquei animado com The Plucky Squire e mal posso esperar para testar toda a versão completa e zerar o mais breve possível. Ainda que venha um outro Zelda cruzando a esquina, achei que The Plucky Squire se garante o suficiente para ter minha atenção por alguns dias.