Children of the Sun é uma surpresa por si só. Ao iniciar os testes de prévia fornecidos pela Devolver, os visuais vibrantes indicavam um jogo de tiro frenético e sanguinolento. Imagine a revelação, então, ao descobrir desafios de puzzle relaxantes e satisfatórios no cerne da experiência.
A mistura de inquietação e tranquilidade é a base da proposta do desenvolvedor solo René Rothe, que adapta a fórmula de tiro tático de Sniper Elite para aplicações criativas de novo frescor. Sem dúvidas, este é um projeto intrigante para ficar de olho no futuro.
O que é Children of the Sun?
Children of the Sun é um jogo de tiro tático e puzzle em que o jogador assume o controle da “garota”, uma jovem mascarada movida pela sede de vingança.
As cenas rápidas que abrem as fases indicam que a atiradora escapou das garras de um culto sinistro – conhecido, como indica o título, como “Filhos do Sol”. Os traumas causados na garota parecem devastadores e, por isso, seu objetivo é aniquilar os fanáticos um a um usando uma escopeta.
O gameplay projetado para o PC é bastante simples: basta arrastar o mouse para posicionar a protagonista e, com um clique do botão esquerdo, mirar e abater os alvos em sequência.
O desafio, sendo assim, é identificar a localização dos inimigos e traçar o trajeto a fim de desviar de obstáculos e abater todos com uma única bala.
A pontuação do jogador, medida com base no tempo levado para completar o objetivo e distância percorrida pela bala, é elencada em um ranking global ao final de cada fase – motivação suficiente para tentar novamente e conseguir notas melhores.
As partidas são rápidas, satisfatórias e sem muitos complicadores, o que favorece a rejogabilidade. Digamos que este é o jogo perfeito para abrir após a escola ou expediente para relaxar um pouco.
Raiva e beleza de sobra
Ao longo das 15 fases disponíveis no teste, os obstáculos não apenas se tornaram mais desafiadores, como foram apresentados recursos suficientes para abrir implicações criativas bastante interessantes.
É o exemplo do estágio em que é necessário caçar animais para garantir o café da manhã da garota. À sua disposição está um lago com peixes e um grupo de pássaros sobrevoando as redondezas.
Dessa forma, o jogo apresenta os pássaros como uma oportunidade de retraçar a bala a partir de um ponto de visão elevado e vantajoso. Foi divertido e animador ter pássaros nos desafios a partir de então, justamente para testar trajetos mirabolantes.
Outro recurso apresentado possibilita alterar a direção da bala no meio do voo após acertar dois alvos em seus pontos fracos, o que foi útil para consertar erros sem precisar reiniciar a fase.
Tudo isso é envelopado por uma identidade visual que, assim como outros jogos distribuídos pela devolver, é marcante. O mundo de Children of the Sun é supersaturado em cores que, animadas com borrões bruscos na tela, transparecem o qual brutal é a realidade vivida pela protagonista.
O uso dos efeitos sonoros com esse intuito também é engenhoso – ruidos distorcidos preenchem a experiência e o dedilhado de cordas acelerado acompanha o andar da garota pelos cenários. A sensação é que estamos acompanhando um animal descontrolado em sua caça sanguinolenta.
A proposta idealizada por René Rothe é simples em execução e belíssima em visuais – um ar de frescor em tempos de games complexos em recursos com ciclos de desenvolvimento longos. Resta aguardar para acompanhar a evolução deste projeto que já intriga nos primeiros dias.
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Children of the Sun está em desenvolvimento para o PC, com previsão de lançamento para 2024.
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