A nova adaptação de Mortal Kombat para o cinema pode não ser um sucesso absoluto, mas certamente abriu espaço para uma continuação em seus momentos finais, quando Cole Young (Lewis Tan) deixa sua velha academia e parte para Hollywood encontrar um certo ator de filmes de artes marciais.
Porém, a cena que sugere a presença de Johnny Cage em um segundo Mortal Kombat foi gravada mais como uma referência para os fãs veteranos do que como um gancho obrigatório para o próximo filme, contou o diretor Simon McQuoid em entrevista ao The Enemy.
"As pessoas amam Johnny Cage, nós não tínhamos o personagem neste filme. Ele não combinava com a história que queríamos contar, mas seria uma boa referência. Não estávamos pensando em uma continuação quando gravamos o filme, mas queríamos fazer algo legal para os fãs", lembrou o diretor, deixando claro que Johnny existe no universo da versão cinematográfica, e que pode aparecer em um próximo filme, se ou quando ele acontecer.
A ideia de colocar Cage como uma referência aos jogos e ao filme original faz sentido, afinal, não é uma cena pós-créditos que sugere o começo de outra história, mas uma cena final. E, bem, a trilha sonora dos créditos finais logo em seguida reforça a referência ao passado da franquia.
Filme de origem
O diretor também explicou a importância de Mortal Kombat ser um "filme de origem", afinal são mais de vinte anos de histórias nos jogos, com muitos personagens e toda uma mitologia que mesmo sendo bem conhecida pelos fãs, pode ser complicada para quem chegou agora e está conhecendo a franquia pelo cinema. O filme começa apresentando a origem de Scorpion e sua eterna rivalidade com Sub-Zero, mas também mostra os primeiros passos de Kano, Sonya e Jax no exótico e perigoso mundo de Mortal Kombat.
Por isso, a versão cinematográfica fez algumas adições, como o já citado Cole Young e as Arkanas, as marcas de nascença em forma de dragão que acompanham os lutadores destinados a disputar o Mortal Kombat. Para o diretor, a ideias das Arkanas foi uma forma de unificar os diferentes poderes dos 'kombatentes' e introduzir os personagens para uma nova audiência. Já Cole funciona como o "personagem do espectador", alguém totalmente novo neste mundo. "Ele faz as perguntas, nós respondemos".
Algo de que o cineasta se orgulha são as sequências de luta do filme, que não ficam devendo nada aos melhores do gênero, principalmente por causa do elenco diversificado de artistas marciais que atuam em Mortal Kombat.
"Há artistas marciais de nível mundial no elenco, eles são capazes de realizar façanhas sem que a gente precise se preocupar com efeitos especiais, e todos foram muito colaborativos na elaboração das lutas", contou o diretor, lembrando que muitas vezes os atores discutiam com ele sobre golpes que poderiam executar para deixar as lutas ainda mais empolgantes. "Ao gravar com atores com treinamento em artes marciais, as batalhas podem ser filmadas em plano aberto, sem cortes ou ângulos que escondem os rostos dos dublês", explicou McQuoid.
Além de Lewis Tan, o elenco tem Max Huang, Ludi Lin, Hiroyuki Sanada, Joe Taslin e Daniel Nelson entre os atores versados em artes marciais.
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Mortal Kombat estreou em 20 de maio nos cinemas brasileiros.