Ainda é bizarro pensar que, em apenas alguns meses, Cyberpunk 2077 finalmente vai ser lançado.

Não só isso, independente de tudo o que acontecer após chegar às lojas em 16 de abril, ele já é um dos maiores títulos.

Por anos, Cyberpunk se resumia a um breve trailer disponibilizado em 2013 pela CD Projekt RED, na época em que eles já eram um estúdio elogiado graças a The Witcher 2: Assassin of Kings, mas não o titã da indústria que se tornou após The Witcher 3: Wild Hunt.

É um tanto divertido ver o "Quando Estiver Pronto" ao fim do trailer  e pensar em como os eventos dele se encaixam com a história do game , já que mesmo até junho de 2019 muitos estavam céticos de que o game sairia antes do início da nova geração de consoles.

E quem diria que a CD Projekt refutaria isso colocando Keanu Reeves em pessoa no palco da conferência de Xbox na E3 para dar uma data concreta?

Inspirado no RPG de mesa criado por Mike Pondsmith (que trabalhou como consultor no projeto), Cyberpunk 2077 dá a chance para a desenvolvedora polonesa a expandir seu leque para além do universo de The Witcher, e a equipe parece estar se esforçado para diferenciar as duas franquias.

É só vermos o protagonista do novo game, V, que ao contrário de Geralt de Rívia pode ser totalmente moldado pelo jogador, incluindo sua raça, passado, influências culturais e escolha (ou não) de gênero.

Relacionado a isso, e até fonte de certa controvérsia, o game será em primeira pessoa, ao contrário dos jogos de The Witcher. Pessoalmente, embora entenda o receio quanto a isso (especialmente com todos os aspectos de customização), ficaria surpreso se o game não tivesse esta perspectiva, já que ele tem uma clara inspiração de outros jogos do tipo, como System Shock e Deus Ex, que utilizam a primeira pessoa primorosamente.

Ao que tudo indica, o game não será tão extenso quanto The Witcher 3, tanto em termos de espaço geográfica como duração na narrativa, mas de acordo com a CD Projekt isso dá mais oportunidades para os desenvolvedores conectarem e encaixarem melhor as quests secundárias com as missões principais, e ao jogador de poder jogar novamente com novas escolhas e builds de personagens.

Isso, aliás, parece ser um foco central no design apresentado e discutido de Cyberpunk 2077: dar liberdade ao jogador de criar um personagem com os mais variados atributos, forças e fraquezas, e criar formas e opções para o jogador se adaptar às diferentes situações apresentadas no jogo.

Ah, e o Keanu Reeves está na sua cabeça dentro do jogo, quero dizer.

Reeves interpreta Johnny Silverhand, um personagem importante do universo de Cyberpunk, conhecido como vocalista da banda Samurai e por ser uma figura de resistência anti autoritária.

Presumido morto décadas antes dos eventos do game, Johnny é um "fantasma digital" que tem como objetivo queimar Night City, onde se passa a narrativa do jogo. Ajudar ele a fazes isso ou não fica a seu critério.

Além de Reeves, o jogo também contará com uma trilha sonora repleta de artistas populares e consagrados, como Run the Jewels, e até uma música inédita da cantora Grimes, que apareceu no The Game Awards 2019.

Não só isso, bandas farão músicas como parte do mundo de Cyberpunk, como Refused, que "interpretará" a Samurai de Johnny Silverhand no game.

O mais curioso é que, mesmo há poucos meses do lançamento, ainda há muitas questões relacionadas ao que poderemos ver no game, das diferentes facções, regiões de Night City a serem exploradas e seus mistérios, variedade de habilidades...

É possível que algumas destas perguntas sejam respondidas até abril, mas mesmo assim, levando em conta o prestígio da CD Projekt RED e qualidade de seus games recentes, Cyberpunk 2077 é um dos games mais fascinantes e curiosos de 2020.

  • Lançamento

    19.11.2020

  • Publicadora

    CD Projekt

  • Desenvolvedora

    CD Projekt RED

  • Censura

    18 anos

  • Gênero

    RPG

  • Plataformas

    PlayStation 4 Xbox One Xbox Series X PC PlayStation 5 Xbox Series S