Preview: Dragon Age: The Veilguard é show de variação e visual
Primeira hora do jogo esbanja profundidade em criação de personagem e tem bela estética
Depois de bastante tempo na expectativa, Dragon Age: The Veilguard finalmente mostrou a que veio. Em demonstração durante o Play Days do Summer Game Fest 2024, assistimos à primeira hora do RPG, que busca ser um retorno triunfal após dez anos do aclamado Inquisition. Ainda é cedo para dizer se a missão será cumprida, mas o caminho parece estar traçado.
A apresentação começou com o profundo criador de personagens, que vai desde uma boa variação visual, incluindo a possibilidade de alterar o tipo de corpo do protagonista, a uma infinidade de combinações de background. São quatro linhagens, três classes e seis facções diferentes – totalizando 72 combinações possíveis.
Durante nossa gameplay, os desenvolvedores optaram por escolher a classe Rogue, que traz ataques mais rápidos e movimentação mais ágil. As outras opções eram Warrior, um guerreiro tradicional, e Mage, para os fãs de feitiçaria. A facção escolhida foi a dos Shadow Dragons, uma das novidades do game.
Finalmente embarcando na gameplay, recebemos um breve contexto sobre o que está acontecendo naquele universo. O elfo Solas, personagem secundário de Inquisition, está realizando um ritual que abre o véu para o mundo dos demônios, permitindo a entrada de várias criaturas maléficas.
Nosso herói se junta Varric e Harding, dois companheiros já conhecidos da franquia, em busca de Neve, maga de gelo que tem uma pista sobre a localização de Solas.
O trajeto até Solas é onde o game brilha, ao menos esteticamente. A cidade de Minrathous usa magia da mesma forma que humanos usam eletricidade, permitindo uma série de construções impactantes visualmente. O ritual de Solas traz um elemento caótico para o cenário, adicionando inimigos bastante sombrios.
O combate para derrotá-los é plástico e parece satisfatório, mas vale ressaltar que Rogue é justamente a classe focada em ataques mais "dançantes". Além dos golpes básicos, o protagonista ainda tem uma roda de habilidades, que interrompe a ação — à la Final Fantasy VII Remake e Rebirth — para que o jogador escolha seu próximo passo.
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A ideia funciona, afinal, é uma página tirada de uma das melhores séries de RPG dos últimos anos, mas foi frustrante ter apenas uma habilidade disponível nessa roda, que parece abarcar uma quantidade bem grande de poderes. Talvez, com algumas horas acumuladas no game, a sensação seja um pouco melhor.
Claro, não seria um RPG tradicional sem um sistema de escolhas, mas é outro ponto que não foi exatamente bem explorado na seção inicial do game. Comparando a minha experiência com a de outros jornalistas que estiveram em sessões diferentes, percebemos que algumas escolhas importantes não tiveram impacto nenhum naquilo que acontece na história — mas, novamente, é uma frustração que pode sumir com o jogo completo.
Ainda assim, The Veilguard parece trazer uma gameplay robusta em vários sentidos, e é fácil acreditar que as maiores frustrações dessa apresentação inicial serão sanadas com um save que tem mais horas acumuladas.
Com apenas uma hora assistida, entretanto, já é possível elogiar a direção de arte. Tanto os cenários de Minrathous, quanto o dinamismo causado pelo ritual de Solas, e até os painéis artísticos desenhados pelo próprio vilão compõem ambientes muito bonitos. Com um pouco mais de sustância nos outros aspectos, é possível enxergar o game dando prosseguimento ao sucesso de Inquisition.