O Bluesky, rede social recente de pequenos textos, conquistou mais de 1 milhão de usuários nos últimos três dias, após o X ser bloqueado pelas autoridades no Brasil, na última sexta (30).

O aplicativo nasceu no ano passado, como alternativa ao antigo Twitter. Porém, até então, havia atraído pouca atenção do público geral, que ainda preferia utilizar o X como sua rede social principal para microtextos. O cenário mudou com o bloqueio ordenado pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF.

Os números foram divulgados por pessoas que trabalham no Bluesky, como Paul Frazee, um dos principais desenvolvedores, e Jay Graber, a atual CEO da plataforma. Frazee também confirmou que, pela primeira vez, o Bluesky alcacançou ainda 1 milhão de usuários simultâneos, ainda em 30 de agosto.

Jay Graber revelou também que o aplicativo para iOS do Bluesky ultrapassou o do X na App Store nos últimos dias. No exato momento em que este texto é produzido, por exemplo, o app figura no topo dos mais baixados da categoria 'Grátis', na frente até mesmo do Threads - a alternativa ao Twitter lançada pela Meta.

A decisão para bloquear o X foi tomada após terminar o prazo da intimação judicial emitida contra a rede, na última semana. A ordem solicitava que a empresa deveria instituir um representante legal no país dentro de 24 horas, o que não aconteceu. Elon Musk, um dos principais sócios da marca e comprador do antigo Twitter, chegou a debochar da ordem judicial em sua própria conta e deixou claro que não tinha a pretensão de cumprir qualquer pedido.

Musk comprou o Twitter no final de 2022 e, desde então, esteve envolvido em muitas decisões polêmicas, entre elas a remoção de ferramentas diversas, remoção de selo verificado de perfis oficiais e a cobrança para liberar funções adicionais. O executivo bilionário também defende "liberdade de expressão irrestrita" na rede X, o que é constantemente alvo de críticas por abrir espaço para discurssos extremistas e danosos a minorias e outros público vulneráveis.