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Blizzard introduz ferramenta de IA para artes conceituais
Objetivo da ferramenta seria "gerar artes conceituais para cenários de jogos” e outros, de acordo com site
A Blizzard é alvo de críticas por uma implementação bastante controversa no ecossistema de trabalho. O estúdio, responsável por Diablo, Overwatch, World of Warcraft e outros, introduziu uma ferramenta de IA para a criação de artes conceituais de seus jogos.
A inteligência artificial, nomeada “Blizzard Diffusion”, foi apresentada internamente em abril por meio de um email do diretor de design Allen Adham.

Em reportagem publicada na segunda-feira (22), o The New York Times, que afirma ter acesso ao comunicado, relata que Adham avisou os funcionários para se “prepararem para serem maravilhados” pela IA, que teria sido treinada para gerar imagens relacionadas especificamente aos títulos da Blizzard.
"Estamos às vésperas de uma grande evolução na forma como criamos e gerenciamos nossos jogos”, escreveu o executivo.

As aplicações no desenvolvimento de jogos
O objetivo da ferramenta é "gerar artes conceituais para cenários de jogos, além de personagens e roupas” – e, neste ponto, Adham teria destacado a intenção de aplicar a tecnologia para "NPCs autônomos e inteligentes", “level design auxiliado proceduralmente" e outros.

Por mais que esteja experimentando com a tecnologia, a Blizzard reforçou que apenas as ferramentas internas devem ser usadas no ambiente de desenvolvimento. Em um segundo email, o diretor técnico Michael Vance teria alertado os funcionários para não usarem propriedades intelectuais da empresa em geradores de imagens como o Midjourney.
"Essas ferramentas vêm com riscos novos e desconhecidos, e continuaremos a estar atentos para evitar armadilhas“, escreveu Vance.

Outras polêmicas envolvendo IA
A Blizzard se une à outras empresas de games que receberam críticas pelo uso de artes geradas por inteligência artificial. Recentemente, a Prime Matter usou a tecnologia para divulgar o Remake de System Shock, marcado para chegar na próxima terça-feira (30).

No final de maio, a Prime Matter recorreu à IA Midjourney para gerar uma arte de Shodan, a inteligência artificial que atua como vilã do game. A publicação, inclusive, simula um discurso agressivo da antagonista para o público.
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Após as críticas, o estúdio defendeu que o intuito da publicação era “iniciar o debate”. Saiba mais sobre o caso.
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