The Last of Us: Quarto episódio perde o bom ritmo da adaptação
Ponte para o que vem a seguir, trama respira e reflete sobre brutalidade
The Last of Us perde o bom ritmo que apresentava até agora no HBO Max. Servindo como ponte para o que vem a seguir, o episódio exibido neste domingo (5) não consegue se sustentar por si só. Monótono, o capítulo entrega bastante respiro e pouco avanço na narrativa.
Com 45 minutos de duração, o quarto episódio é o mais curto até agora. Como destaque, o roteiro tem como tema principal o conflito humano existente na brutalidade inerente ao mundo de The Last of Us, que é abordado com as reflexões de Joel e Ellie sobre os limites da violência.
Admirando quão poderosa parece no reflexo do espelho, Ellie brinca com a arma que acaba de encontrar na casa de Bill e Frank. Mais uma vez, ela flerta com a violência da realidade em que nasceu, curiosa para abraçá-la. Mas isso é algo que, ainda nesse episódio, ela vai se arrepender amargamente de querer.
Sem economia em referências ao jogo original, o episódio mostra Ellie e Joel aproveitando um pouco do conforto conquistado após a visita a Lincoln. Ellie enfim saca o livro de piadas, encontra a revista pornográfica de Bill e ambos escutam “Alone and Forsaken”, de Hank Williams, no carro — em uma recriação exata do trailer da Gamescom 2012.
Na viagem de carro, Joel até entra na brincadeira, mas continua alerta e apreensivo. Além da pressa para encontrar Tommy, cuja história após o início do desastre finalmente foi revelada, o contrabandista tem noção de que, agora que estão viajando mais rápido, podem ser mais facilmente detectados.
Uma mudança inesperada de rota deixa a dupla sem escolha a não ser atravessar Kansas City, um município liberto do controle da Fedra, por dentro.
Antes que a dupla atravessasse a cidade, uma armadilha faz Joel bater o carro e iniciar um tiroteio com desconhecidos. Para salvar o contrabandista, Ellie é obrigada a sacar a própria arma. Por mais que o primeiro tiro venha fácil, a garota logo se vê paralisada diante das consequências da própria violência.
A brutalidade é um fator importante para a construção do personagem de Ellie, e, aqui, vemos a adaptação bater novamente nesta tecla. A violência é, de fato, necessária? O que é aceitável ou não de ser feito em um contexto tão violento?
Desta vez, contudo, até Joel fica abalado – afinal, ele presencia o acontecimento em primeira mão. Reflexivos, o contrabandista e a adolescete trocam um momento de compreensão e empatia no que é a cena mais relevante do episódio. De um lado, Ellie quer provar a Joel que é forte. De outro, Joel se preocupa com o exemplo que está sendo para Ellie.
No mais, o episódio nos apresenta Kathleen (Melaine Lynskey), líder do grupo revolucionário que tomou conta da cidade e expulsolu a Fedra. Até o momento, inclusive, a personagem se mostra imprevisível.
Kathleen se resume a ser movida pela vingança e truculência — negligente até mesmo ao fato de que uma força horripilante parece se agitar debaixo da terra.
Em um episódio morno e consideravelmente menos envolvente que o último, The Last of Us prepara o terreno para a chegada do arco dramático de Henry e Sam, que, na adaptação, são perseguidos por Kathleen.
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The Last of Us retorna com um novo episódio no próximo domingo (12). A série terá avaliação do The Enemy às segundas-feiras após as exibições.
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