Ex-Sony minimiza demissões nos games e fala para afetados virarem Uber
Executivo deu declarações polêmicas sobre onda de demissões
Chris Deering, ex-presidente da Sony Computer Entertainment da Europa, deu uma declaração no mínimo polêmica sobre demissões que ocorrem na indústria dos games. Para o executivo, as demissões não são fruto de ganância e os afetados deveriam "virar Uber".
Deering falou ao podcast My Perfect Console e foi questionado sobre as demissões em massa que o setor de games passa desde o início de 2024. "Não acho justo dizer que as demissões resultantes foram ganância. Sempre tentei minimizar a velocidade com que adicionávamos pessoal porque sempre soube que haveria um ciclo e não queria acabar tendo os mesmos problemas que a Sony teve em Eletrônicos", disse.
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Deering, em si, lidou com demissões enquanto esteve no comando da Sony Europa. Mas ele acredita ser um mal necessário, caso o jogo mais atual não venda o suficiente para bancar a próxima grande produção. "Acho que provavelmente é muito doloroso para os gerentes, mas não acho que ter habilidade nessa área [de desenvolvimento de jogos] vai significar ter uma vida inteira de pobreza ou limitação. Ainda é onde a ação está, e é como a pandemia, mas agora você vai ter que descobrir como passar por isso, virar Uber ou algo assim, sair para encontrar um lugar barato para morar e ir para a praia por um ano. Mas fique por dentro das notícias e fique por dentro de tudo, porque depois que você sai do mercado, fica muito mais difícil", adicionou.
Vale lembrar que as demissões deste ano já atingiram mais de 11 mil profissionais. Estúdios como Microsoft, Bungie, Ubisoft, Nintendo, Rocksteady e a própria Sony passaram por isso.
Somente a Sony, por sinal, foi responsável por mais de 900 cargos cortados, conforme revelado em fevereiro. Além disso, a Bungie também passou por fortes dispensas - o estúdio é parceiro próximo da Sony.