Sim. Abrimos a lista com um personagem que, basicamente, é um vendedor de armas sem importância para o universo de Resident Evil como um todo. O Mercador merece este espaço, simplesmente, porque ele se tornou sinônimo de Resident Evil 4.

Poucas são as pessoas que jogaram e não se lembram da figura encapuzada de poucas palavras. 

Mesmo que Lisa Trevor apareça somente em Resident Evil Remake — uma das melhores recriações de jogos de todos os tempos —, a história da personagem, contada por meio dos files "Diário de Trevor" e "Foto de Família e Anotações", está entre as mais dramáticas de toda a franquia.

Se você não a conhece ainda, saiba que nós falamos sobre isso nesta matéria.

Apresentada no segundo Resident Evil, com direito a um breve retorno em Resident Evil 6, Sherry poderia ter sido explorada de maneira mais inteligente com o passar dos anos.

Infelizmente, depois do sexto título da franquia, a personagem foi deixada de lado. No entanto, é fato que ela, sendo uma das poucas sobreviventes de Raccoon City e a filha de William Birkin, um cientista crucial para o desastre que ocorreu na cidade, tem muito potencial narrativo.

Falta apenas vontade de explorar por parte da Capcom.

Por incrível que pareça, a versão de Carlos Oliveira apresentada na recriação de Resident Evil 3 é genuinamente cativante. Ele surge como um potencial parceiro de Jill e firma essa posição ao se provar um aliado tanto útil em combate quanto de caráter mais honesto em comparação com os colegas mercenários. Dá até vontade de jogar com ele de novo um dia.

O misterioso HUNK sempre fica com as tarefas mais complicadas e entrega os melhores resultados possíveis. Embora não seja tão bem desenvolvido enquanto personagem, o agente se tornou, entre os fãs, uma verdadeira lenda. Então, não poderíamos deixá-lo de lado.

Logo no primeiro Resident Evil, Barry chama a atenção por duas razões diferentes.

Em primeiro lugar, ele ajuda Jill em situações cruciais, o que torna a passagem pela Mansão Spencer bem menos sofrida do que na campanha de Chris, por exemplo. Em segundo, ele é um dos poucos personagens na história da série que sempre coloca a família em primeiro lugar.

Na verdade, a história da família dele é mais trágica do que parece, como descobrimos em Revelations 2. De qualquer forma, Barry merece respeito como um dos veteranos da franquia e sofre uma das mortes não-canônicas mais tristes de toda a série.

Quando jogamos Resident Evil 7 pela primeira vez, Jack Baker parece, a princípio, o clássico serial killer. No entanto, a história dele é mais dramática do que aparenta. Ele cruzou o caminho da arma biológica humana Eveline com boas intenções. A ideia era apenas ajudar a menina.

Contudo, ao ser infectado pelo fungo que conhecemos como Mofo, Jack se tornou uma máquina de matar, assim como os demais membros da família.

Dentre todos os monstros de Resident Evil, Jack Baker com certeza tem a melhor história. Ainda assim, ele passa longe de ser o mais icônico, então, limitaremos Jack à 14ª posição.

Ainda que estejamos falando apenas de uma grande arma biológica sem muita complexidade narrativa, também precisamos enaltecer o Mr. X enquanto criatura perseguidora.

Ainda que, lá no Resident Evil 2 original, ele fosse apenas mais um monstro gigante, em Resident Evil 2 Remake, ele se tornou a principal fonte de memes e diversão para grande parte da comunidade. Um marco histórico, para dizer o mínimo.

O que a ganância não faz com as pessoas. Né? William Birkin era um prodígio da ciência. A pessoa responsável por estudar o Vírus G para a Umbrella. No entanto, chegou o momento em que ele começou a suspeitar que a empresa não pretendia promovê-lo. Assim, ele tentou negociar com outros por conta própria até o dia em que deu ruim.

Birkin pode não ser o monstro mais memorável na história de Resident Evil, mas acompanhar a jornada do cientista responsável pelo vírus G é fascinante. Principalmente, quando ele decide ir atrás da própria filha para infectá-la, já que o organismo dela seria compatível e, assim, o vírus poderia continuar se espalhando.

Vilões loucos são algo que Resident Evil sempre soube fazer muito bem.

Mais do que o típico policial corrupto, Brian Irons era particularmente sádico — talvez mais do que qualquer outra pessoa na franquia. Estamos falando de um vilão absolutamente desprezível e repulsivo, que nem sequer precisou ser infectado para se comportar como um monstro.

Ao que tudo indica, a lista de vítimas desse psicopata inclui não apenas outros policiais e colegas, mas também mulheres pelas quais ele nutria algum tipo de ressentimento profundo. Seria o personagem mais realista da série? Talvez.

Se existe um ser humano na história de Resident Evil que é mais corajoso do que todos os outros, estamos falando de Rebecca Chambers. Mesmo sendo uma novata do time Bravo, o primeiro enviado às Montanhas Arklay, lá no primeiro Resident Evil, ela conseguiu sobreviver tanto aos perigos apresentados em Resident Evil 0 quanto a tudo o que aconteceu lá no primeiro jogo.

Não importa se você gosta de Resident Evil 0 ou não. Aqui, destacamos apenas o fato de que Rebecca é uma heroína que merece ser citada sempre que falamos nos grandes personagens de Resident Evil.

Honestamente, a primeira aparição de Ethan é um tanto decepcionante. Como o jogo de estreia dele, Resident Evil 7, marcava a transição para o terror em primeira pessoa na franquia, a Capcom decidiu criar um protagonista sem muita personalidade.

Quando o segundo jogo de Ethan veio à tona, Resident Evil Village, o público finalmente pôde ver do que Ethan é feito. Mesmo sem treinamento e nitidamente infectado, ele sobreviveu à companhia dos Baker e ainda fez um grande sacrifício para salvar a própria filha, Rose.

Se você não ficou emocionado com o final de Resident Evil Village, jogue de novo. A jornada de Ethan, naquele jogo, é uma das mais emocionalmente impactantes na franquia.

Se esta lista fosse baseada somente no gosto pessoal do autor (eu), Alfred Ashford estaria em uma das cinco posições do topo. Afinal, ele é um vilão único em Resident Evil. Antagonista mais marcante de Code: Veronica, Alfred, muitas vezes, nos faz sentir mais pena do que raiva. Ainda que ele seja uma figura desprezível (e complexa).

Excessivamente fascinado pela irmã, ao ponto de enlouquecer por ficar muito tempo longe de Alexia, Alfred chegou até mesmo a se vestir como ela e simular diálogos para apaziguar um pouco o próprio coração.

Descobrir os detalhes sobre a criação dos Ashford é uma experiência única na história de Resident Evil. Nenhuma família é tão perturbada quanto essa — os Baker, antes de serem infectados, não passavam nem perto disso.

Se você não jogou Resident Evil — Code: Veronica, faça isso assim que puder. E leia todos os arquivos. Vale a pena, de verdade.

Durante muitos anos, nenhuma criatura perseguidora dos jogos chegou aos pés do icônico Nemesis. Muito mais do que um símbolo de Resident Evil, esse monstro com certeza serviu de exemplo para jogos de outras franquias e é conhecido mesmo por quem sabe pouco sobre RE.

Não há muito o que dizer sobre a arma biológica criada para eliminar os S.T.A.R.S. (e suas inesquecíveis transformações, que traumatizaram muitos jogadores). Só é uma pena que ele tenha sido tão mal aproveitado no Remake.

Ao contrário do irmão, Chris Redfield, Claire nunca foi treinada para se tornar uma agente especial extremamente capacitada. Tudo o que ela escolhe fazer depois do incidente em Raccoon City (ou mesmo durante, já que foi ela quem salvou Sherry) veio do mais puro altruísmo.

Claire sempre é representada, seja nos jogos ou nas animações, como uma pessoa muito consciente a respeito de tudo o que a Umbrella e outros grupos que criam armas biológicas são capazes de fazer. Mesmo assim, ela nunca hesita ao se colocar na linha de frente do combate contra o bioterrorismo.

Não à toa, Claire está em alguns dos melhores jogos da série, incluindo Resident Evil 2 e Resident Evil — Code: Veronica.

Misteriosa, perigosa e incrivelmente astuta, Ada está sempre um passo à frente de todos os outros — ou, pelo menos, é o que parece. Mesmo anos depois do surgimento da personagem, ainda é difícil dizer qual é o verdadeiro objetivo dela. Aliás, ela mesma deve fazer questão de não revelar o próprio jogo a ninguém.

Ada sempre será uma das figuras mais fascinantes em Resident Evil. Não sabemos se veremos, algum dia, o retorno dela aos holofotes, mas é fato que a personagem sempre esteve entre os mais enigmáticos para os fãs da série — e sempre vai estar.

Sim! Chris, o eterno desafeto de Wesker, aparece antes do Johnny Bravo de Resident Evil na lista. Isso porque, depois de tantos jogos e tantas personalidades apresentadas para Chris, é difícil não se cansar, pelo menos um pouco, do veterano da série.

Parece que sempre que a Capcom não sabe como fazer uma referência legal ao passado, a empresa recorre a Chris, protagonista do primeiro jogo da franquia (junto de Jill Valentine).

Bom, pelo menos até Resident Evil 5, Chris era, de certa forma, o personagem principal da franquia inteira, já que muitos dos acontecimentos da história giravam em torno da eterna briga entre o herói e Wesker.

Até hoje, ele está entre os mais respeitados protagonistas de RE. Com tantos anos de história, é fácil entender o porquê.

Sejamos sinceros: Resident Evil nunca mais foi a mesma coisa depois da morte de Albert Wesker. Mesmo que a última aparição dele nos jogos tenha sido excessivamente marcada pela galhofa no estilo Matrix, ele sempre será o conspirador e antagonista mais importante da franquia inteira.

Sem a menor consideração pelas vidas de outras pessoas, Wesker foi o principal motivo pelo qual tanto a Umbrella quanto os ex-S.T.A.R.S. tiveram tanta dor de cabeça. Carismático e cruel, ele ocupa o primeiro lugar quando falamos sobre os vilões da série — e é, mesmo quando olhamos para o quadro geral, um dos mais memoráveis de todos.

Na segunda posição, temos a lendária Jill Valentine. Aquela que, para muitos jogadores, foi a opção preferida no primeiro Resident Evil. Afinal, ela tinha uma arma desde o começo do jogo, e isso já era o bastante para passar mais confiança na hora de enfrentar os perigos da Mansão Spencer.

O auge de Jill foi lá nos anos 1990, quando ela ficou frente a frente com Nemesis, a criatura mais mortal apresentada na franquia até aquele momento e, até hoje, a mais icônica. Sozinha durante a maior parte do tempo, Jill sobreviveu ao apogeu do apocalipse em Raccoon City e conseguiu fugir de uma explosão nuclear, ainda que esse último ponto não seja um mérito exclusivo dela.

Apesar de estar em dois jogos extremamente importantes e ter superado alguns dos piores desafios na história da série, Jill parece ter sido esquecida pela Capcom. Pouco se ouviu falar da personagem depois de Resident Evil 5 (canonicamente), e o último jogo dela é uma recriação do terceiro.

Será que um dia veremos Jill brilhar em uma aventura inédita novamente?

Só podia ser ele. Leon Scott Kennedy é o protagonista de Resident Evil 4, um dos jogos mais importantes na história da indústria. Esse fato por si só seria o bastante para colocá-lo em uma posição elevada, mas a importância de Leon vai além.

Afinal, não bastasse ele ter sido também um dos personagens principais do segundo jogo, Leon demonstrou, desde o primeiro dia como policial, capacidades inacreditáveis, a ponto de ele ser escolhido para trabalhar diretamente com o presidente dos Estados Unidos.

Quando falamos em habilidade pura e simples, talvez Leon esteja acima de todos os outros personagens da franquia. Contudo, como isso não é confirmado, podemos simplesmente nos conformar com o fato de que ele é a figura mais popular da série por motivos absolutamente justos.

Deixo registrado, aqui, meu maior sonho para Resident Evil: um jogo protagonizado por Leon e Jill, a dupla mais incrível que nunca aconteceu. Idealmente, aliás, o mesmo jogo traria também uma campanha com os irmãos Redfield. Talvez seja sonhar demais, mas tudo bem.