Preview: Phantom Liberty será uma renovação para Cyberpunk 2077
Expansão apresentará um novo personagem interpretado por Idris Elba
Depois de mais de dois anos, Cyberpunk 2077 está prestes a receber a tão aguardada expansão intitulada Phantom Liberty, que conta com um personagem interpretado por Idris Elba.
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No distrito de Cyberpunk 2077 que conhecemos como Pacifica, existirá um pequeno pedaço conhecido como Dogtown, que estará disponível na expansão Phantom Liberty.
Nova área no mapa de Cyberpunk 2077
Apesar de Dogtown ser uma área nova em Cyberpunk 2077, jogadores poderão alternar entre as missões "tradicionais" de Night City e as missões de Phantom Liberty livremente, pois os ambientes serão integrados.
Dogtown parece ser uma área particularmente perigosa, já que foi tomada por um grupo criminoso conhecido como Barghest, que serão os principais inimigos de V na história.
Chama atenção que esse trecho do mundo não conta com grandes prédios elegantes, hologramas e tudo mais. Tudo é bem mais parecido com os lugares mais pobres e destruídos do resto de Pacifica.
Em Dogtown, V interage com uma pessoa misteriosa conhecida como Songbird — uma mulher que guia os jogadores até um lugar perigoso onde se pode testemunhar um ataque a uma aeronave.
Songbird e mais novos personagens
Phantom Liberty apresentará novos NPCs importantes para a história, como Songbird e Rosalind Myers.
A Songbird é meio que o braço direito da presidente Myers. Por ser uma trilha-rede muito boa no que faz, ela tanto pode ser um aliada importante quanto uma inimiga a ser temida.
Já a Rosalind Myers, presidente dos Novos Estados Unidos da América, é a ex-CEO da Militech, que acabou subindo na vida graças a alguns contatos que fez.
Novas habilidades e opções
Meu teste da expansão começou com uma sequência bem focada na ação, em que V precisa chegar até a presidente dos Novos Estados Unidos da América (NEUA).
Depois da aeronave Space Force One ser abatida, soldados que trabalham para o Coronel Hansen aparecem no lugar onde V está e acabam entrando no caminho dos jogadores.
Esses soldados inimigos fazem parte do tal grupo chamado Barghest, que deve ter lá os próprios motivos para não ser tão fã da presidente dos NEUA.
Escolhi jogar como netrunner, que era uma das três builds que a CD Projekt Red havia preparado para o teste de Phantom Liberty. Então, meu gameplay ficou totalmente focado em hacks rápidos. Outras builds que estavam disponíveis eram uma de força bruta e outra de agilidade com katana.
Logo no início, algo me chamou atenção. No caso, os intervalos entre os hacks rápidos estavam muito menores do que no jogo base graças a uma das novas habilidades disponíveis para V.
Aliás, toda a árvore de habilidades foi reformulada e passou a dividir os caminhos de evolução do personagem, de maneira que os jogadores podem ter uma ideia melhor a respeito de como novas habilidades adquiridas se complementam para compor um tipo específico de personagem.
De acordo com a Designer de Missões Despoina Anetaki, que eu pude entrevistar depois de jogar, os jogadores não precisarão terminar o jogo base para começar a jogar Phantom Liberty.
Isso já era esperado, levando em consideração o histórico de expansões da CD Projekt Red, mas eu achei melhor confirmar. Na build que eu usei para o teste, inclusive, o nível do personagem estava em 20, então, talvez nem seja necessário avançar muito para começar a jogar Phantom Liberty.
Aliás, enquanto eu falava com a Despoina, cheguei a citar Blood and Wine e perguntei como aquela expansão de The Witcher influenciou Phantom Liberty. Ela disse que, para a equipe toda, o mais importante era entregar missões ainda melhores com a expansão de Cyberpunk 2077, então, a minha expectativa foi lá em cima.
Despoina ainda explicou, durante esse papo, alguns detalhes sobre as builds que não usei. Então, para você ter uma ideia: com as novas habilidades que chegam por meio de Phantom Liberty, será possível usar uma build de força, por, exemplo, para pegar inimigos e arremessar em outros inimigos.
Com outras builds, será possível fazer um dash no ar e atirar em câmera lenta em quem aparece abaixo de V — sério, a promessa é de que a jogabilidade pareça realmente renovada.
Mesmo quem jogou por mais de 100 horas, como foi o meu caso, poderá descobrir novas maneiras de lutar contra inimigos e terá novas decisões para tomar, obviamente.
Novas decisões e consequências
Com Phantom Liberty, chega uma série de missões novas, incluindo a quest principal da expansão, digamos, e também outras atividades secundárias menores. O próprio Senhor Hands, do jogo base, está de volta e deve ter um papel importante na expansão.
Duas decisões que tive de tomar durante o meu gameplay foram bem marcantes: uma delas aconteceu ao final da primeira parte, depois de eu ter encontrado a presidentes dos NEUA, e consistiu em: atirar nas pessoas que haviam encontrado meu esconderijo ou ser diplomático e tentar resolver na conversa.
Outra aconteceu bem mais tarde, quando tive de decidir se faria um juramento aos NEUA ou se apenas cumpriria o trabalho que havia aparecido sem me apegar tanto às formalidades de estado.
No caso, o que acontece é o seguinte: depois de encontrar a presidente dos Novos Estados Unidos da América, os jogadores poderão ajudá-la contra alguns inimigos poderosos. A motivação de V para fazer isso é a promessa dos NEUA de que seria possível extrair Johnny Silverhand da cabeça de V sem matar o protagonista da história.
Isso já me deixou com mil teorias na cabeça. Digo, se os NEUA estão prometendo uma maneira de salvar V como ninguém mais conseguiria, será que Phantom Liberty trará um novo final? Torço muito para que sim, e realmente acredito nisso. Contudo, oficialmente, não há confirmação.
Ficou nítido, durante o teste, mesmo que a experiência tenha durado pouco menos de uma hora, que Phantom Liberty sabe valorizar os pontos mais importantes do jogo base. As escolhas virão acompanhadas daquela tensão genuína de não sabermos como os demais reagirão ao que V fizer. É esse tipo de risco que queremos viver em Cyberpunk 2077.
Meu teste de Phantom Liberty acabou pouco depois de eu encontrar o personagem interpretado pelo Idris Elba. No caso, o nosso queridíssimo Solomon Reed, que é mais uma figura moralmente ambígua em um universo cheio de NPCs nos quais não sabemos se podemos mesmo confiar.
Afinal, quem é o personagem do Idris elba?
Solomon Reed é um agente da FIA, que é como a CIA do mundo de Cyberpunk 2077. No caso, ele é um dos melhores agentes desse grupo e precisará da ajuda de V ao longo da expansão.
A especialização dele é inteligência. Então, Reed sempre arruma um jeito de conseguir informações para os NEUA. Nem sempre usando meios pacíficos, provavelmente, porque o mundo de Cyberpunk 2077 não é dos mais dóceis.
Enquanto V for útil pra ele, ele será um aliado. Mas quanto tempo será que isso vai durar? Ou será que V poderá convencer Reed de que ser um agente do governo pode não ser tão legal assim? É o que descobriremos no jogo final.
O que mais chama atenção nesse personagem, de imediato, é que ele ficou extremamente bem feito. Arrisco dizer que o Reed está mais parecido com o Idris Elba do que o Silverhand ficou parecido com o Keanu Reeves. Sério, é surreal.
Aliás, o primeiro encontro com ele é bem memorável. Nem vemos por onde Reed se aproxima, então, ele poderia, sim, ter matado V com a maior facilidade, mas não o fez.
Phantom Liberty promete
Se você, assim como eu, procurava uma justificativa para voltar a Cyberpunk 2077 e ficar horas passeando pelas luzes de neon, falando com NPCs e arrumando brigas, Phantom Liberty representa a oportunidade perfeita.
Tudo o que descobri sobre a expensão durante a viagem à Polônia, a convite da CD Projekt Red, me deixou animado — e imagino que seria o caso com qualquer fã. Agora, resta saber se o produto final estará à altura do hype.
Phantom Liberty, a expansão de Cyberpunk 2077, será lançada para todas as plataformas nas quais o jogo está disponível. Portanto, será possível jogar. a partir do dia 26 de setembro, nos computadores e nos seguintes consoles: PS5, Xbox Series, PS4, Xbox One e PC.
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