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"Somos donos do nosso futuro", diz EA sobre fim da parceria com FIFA

Produtores do EA Sports FC 25 comentaram que possuem mais liberdade após separação

Por Breno Deolindo 17.07.2024 13H00

Chame como quiser, mas o jogo de futebol da EA agora é EA Sports FC. O fim da parceria com a FIFA forçou um rebranding para uma marca que já estava no mercado há praticamente trinta anos, e a adaptação ao novo nome ainda é difícil, mesmo com o FC 25 já batendo à porta. Ainda assim, desenvolvedores do game não parecem lamentar tanto assim o término.

Agora nós somos donos do nosso próprio futuro, das nossas próprias decisões. Podemos brincar com mascotes, colocar qualquer tipo de regras que quisermos no Rush, podemos fazer parceria com a Nike ou qualquer outra empresa. Podemos ter faltas intencionais e manter as coisas autênticas para o 11v11, mas também trazer novas experiências como o 5v5, que só queríamos que fosse divertido”, disse o produtor Sam Rivera, em entrevista ao The Enemy.

A resposta, que tinha até um tom de desabafo, menciona várias das novidades inseridas pela EA no FC 25: comemorar gols com mascotes, faltas intencionais para interromper jogadas perigosas, e a inserção do modo Rush com regras adaptadas. O substituto do Volta, inclusive, traz como “estádio oficial” uma arena virtual da Nike, que mescla o formato de uma chuteira com o logotipo da empresa.

Rivera ainda deixa no ar que o modo Volta, a tentativa mequetrefe de trazer a glória do FIFA Street de volta, foi brecada pela entidade máxima do futebol. O Rush é, em proposta, bem similar ao modo que foi introduzido no FIFA 20, mas ao mencionar que agora as regras podem ser aquelas que a EA desejar, o produtor pode ter colocado um pouco de culpa do fracasso do Volta na conta da FIFA.

No caso de Rivera, a pergunta sobre o fim da parceria foi bem direta, mas outro desenvolvedor deixou escapar sua insatisfação com a FIFA: o brasileiro Thomas Caleffi, responsável pelo FC IQ.

O IQ é uma reimaginação completa das táticas no game da EA, e você pode saber mais lendo nossa entrevista completa com Thomas, mas por ser uma atualização grande para a franquia, é claro que os processos para tirar o projeto do papel foram difíceis — e com a FIFA por trás, parece que seria ainda mais.

A tecnologia chegou num lugar que a gente pode fazer tudo que a gente quer, e com o rebranding pro FC a gente tem mais liberdade pra fazer algumas coisas que antigamente, não digo que seriam impossíveis, mas seriam mais difíceis, mais gente pra aprovar, coisas pra fazer. Agora a gente pode decidir fazer algumas coisas e ir pra frente com elas”, contou.

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É inegável que o nome FIFA carrega um peso astronômico no mundo do futebol, mas também é possível que a separação da EA seja benéfica para o game. Com apenas dois anos de EA Sports FC, já é possível ver conteúdos que “saem da caixinha”, e a tendência é ver uma criatividade ainda maior para a franquia nos próximos anos, como diz o próprio Rivera:

Agora está realmente nas nossas mãos escolher o que queremos ver, mas no fim das contas, todos nós amamos futebol, e só queremos dar o máximo de opções futebolísticas para que vocês possam aproveitar o game”.