Seja você um fã ou uma pessoa que, simplesmente, não vê a menor graça em Death Stranding, é difícil questionar a originalidade do game dirigido por Hideo Kojima, lançado em 2019.

Durante quase toda a experiência, jogadores precisam guiar Sam Bridges por terrenos vazios nos quais o maior desafio é andar sem deixar que os itens que precisam ser entregues aos personagens secundários sejam danificados.

Não é o conceito mais instigante do mundo, de fato. De qualquer forma, quando você começa a entender a dinâmica de construir estruturas que podem ser úteis tanto na sua jornada quanto na de outras pessoas, a experiência vai se tornando mais e mais engajante.

O ponto deste texto, entretanto, nem é a jogabilidade em si, mas, sim, a utilização da trilha sonora em momentos escolhidos a dedo para nos passar aquela sensação de serenidade após avançar por uma área cheia de criaturas perigosas temendo pela vida de Sam Bridges.

Nas ocasiões em que jogadores se aproximam do lugar em que uma entrega importante precisa ser feita, é muito comum que alguma música da banda Low Roar comece a tocar, de forma que a paisagem, melancólica, ganha toda uma atmosfera que torna a chegada mais marcante.

Ver os poucos sinais de civilização no horizonte de Sam Bridges ao nos aproximarmos do destino da entrega ao som de Low Roar traz uma serenidade que poucos outros jogos conseguem despertar nos jogadores. Algo semelhante aos momentos de reflexão despretensiosos em Life is Strange.

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Pode até ser que Death Stranding não seja um jogo para todas as pessoas. De qualquer forma, quem gostou da obra, provavelmente, entende quão memoráveis esses momentos podem ser.

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