Microsoft faz apelo à CMA pelo bloqueio da compra da Activision Blizzard
Dona de Xbox acusa “erros fundamentais” na avaliação do Reino Unido
Cumprindo o que prometeu no último mês de abril, a Microsoft prepara o apelo à CMA para a aprovação da compra da Activision Blizzard. O órgão regulador do Reino Unido, que optou pelo bloqueio da aquisição, ouvirá em tribunal os argumentos da gigante de tecnologia – que acusa “erros fundamentais” na avaliação.
O apelo, que será apresentado no Tribunal de Apelações de Concorrência, teve um sumário divulgado na sexta-feira (26). Assim que for apresentada, a contra-proposta deve ficar em análise por cerca de nove meses. Depois, caso seja aprovada, o processo ainda passaria por revisão da CMA (via Eurogamer).
Ao todo, a Microsoft apresenta cinco argumentos na disputa pela decisão, incluindo a acusação de que a CMA cometeu “erros fundamentais na avaliação da posição atual [da Microsoft] em serviços de jogos em nuvem ao falhar em considerar restrições dos jogos nativos”.
Na visão da empresa, o órgão do Reino Unido "errou ao não levar em consideração três acordos comerciais de longo prazo [da Microsoft] com provedores de jogos em nuvem".
A dona de Xbox também argumenta que CMA "falhou ilegalmente em levar em consideração os interesses de cortesia" e "agiu em violação do dever de justiça comum [da Microsoft] e da própria orientação de remediação da CMA".
O processo de aquisição da Activision Blizzard
A aquisição da Activision pela Microsoft foi anunciada em janeiro de 2021 pelo valor de US$ 69 bilhões, a maior aquisição da história dos videogames.
Até o momento desta publicação, o acordo foi aprovado na China, União Europeia e outras regiões, como o Brasil e Vietnã. Contudo, o processo encontrou um empecilho no Reino Unido, que barrou a fusão sob a justificativa de que prejudicaria a concorrência no mercado de jogos em nuvem.
Já a FTC, órgão regulador dos Estados Unidos, abriu um processo antitruste contra a Microsoft no final de 2022, alegando que a fusão violaria a lei de concorrência de mercado nos EUA. O imbróglio será discutido em tribunal a partir do próximo mês de agosto.
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Desde a revelação do processo, a Sony tem se mostrado contrária ao negócio, afirmando que a Microsoft garantiria vantagens desleais caso a compra seja aprovada. A disputa gira em torno, principalmente, de uma possível exclusividade da franquia Call of Duty – uma das mais lucrativas do mercado – no Xbox.
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