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Os melhores jogos de 2020 na opinião de Pedro Henrique Lutti Lippe

O grande produtor das lives lista seus títulos favoritos do ano

Por Pedro Henrique Lutti Lippe 25.12.2020 12H00

A um nível pessoal, games foram mais importantes para mim em 2020 do que em qualquer outro momento da minha vida. Eles serviram como uma espécie de oásis em meio a todas as dificuldades que tivemos que enfrentar.

Joguei muitas coisas boas antigas - inclusive, muitas delas com meus companheiros do chat das lives do The Enemy -, mas também tive a sorte de experimentar alguns jogos excelentes que, de alguma maneira, produtoras conseguiram lançar ao mundo em meio a todo o caos que nos cerca. Desse grupo, estes são os meus favoritos:

Final Fantasy VII Remake

O capítulo mais recente da lendária série de RPGs é o único jogo na história que pode gabar-se de ter correspondido a 15 anos de expectativas acumuladas.

Final Fantasy VII Remake deu mais profundidade e complexidade ao primeiro ato do jogo original, transformando Midgar e os protagonistas Cloud, Tifa, Aerith e Barret em suas melhores versões, ao mesmo tempo em que revelou algumas surpresas que indicam que o futuro do projeto promete ainda mais.

Hades

Por conta da diversidade e criatividade de seus jogos, a Supergiant Games é meu estúdio indie favorito - e Hades é sua obra-prima.

Toda vez que abro o game, preciso me forçar a desligá-lo após algumas runs, ou corro perigo de perder o dia ali dentro. A maneira primorosa com a qual o jogo apresenta a sua narrativa, entrelaçada com a gameplay, precisa ser estudada e copiada por todos do gênero.

Genshin Impact

Com o ano no espelho retrovisor, é fácil tomar Genshin Impact como garantido. Mas a realidade é inegável: o jogo da chinesa miHoYo encontrou uma maneira de transformar em uma experiência gratuita algo que todo o resto da indústria venderia por 300 reais.

O jogo copia, sim. Mas ao menos copia dos melhores: a exploração de Breath of the Wild, o combate de Nier Automata... e segue recebendo atualizações gratuitas progressivamente mais impressionantes.

Kingdom Hearts: Melody of Memory

Cento e cinquenta faixas de uma das melhores, mais diversas e criativas trilhas sonoras da história da indústria de games, unidas por uma divertida mecânica rítmica que brinca com as expectativas de veteranos do gênero.

Melody of Memory é obrigatório não apenas para fãs de Kingdom Hearts, mas também para fãs da boa música.

Animal Crossing: New Horizons

Para quem conhece Animal Crossing desde os tempos do GameCube, New Horizons não revolucionou nada.

A revolução, no caso, é externa: o resto do mundo enfim percebeu o valor desta série de jogos que proporcionam o escapismo perfeito.

A atenção aos detalhes que permeia todos os elementos do jogo da Nintendo chega a ser assustadora, e serve para criar um mundo coeso e sempre positivo, que serve como apoio para que possamos enfrentar o inconsistente e tão raramente alegre mundo real.

13 Sentinels: Aegis Rim

Dos criadores de alguns dos mais estilosos jogos de ação 2D de todos os tempos, 13 Sentinels: Aegis Rim definitivamente não é um jogo de ação.

Os traços únicos de George Kamitani estão presentes no novo jogo da Vanillaware, mas desta vez a serviço de uma empreitada narrativa. 13 Sentinels é uma visual novel extremamente criativa e surpreendente, que começa com estudantes colegiais capazes de pilotar robôs gigantes e termina em tangentes inacreditáveis, que não ouso mencionar para não estragar nenhuma reviravolta.