Jogamos: Dragon Ball: Sparking! Zero é nostalgia pura
Game troca mecânicas complexas por diversão e adiciona novidades que trazem frescor
Dragon Ball: Sparking! Zero é exatamente o que eu esperava: o renascimento da saga que, no Ocidente, ficou conhecida como Budokai Tenkaichi. Mantendo a mesma essência, e adicionando alguns novos elementos que devem tornar o game mais longevo e dinâmico, o projeto da Bandai Namco mira em jogadores que buscam um combate menos focado no competitivo, e mais em diversão.
Vale o contexto: Sparking é o nome da série Budokai Tenkaichi no Japão. 15 anos depois do último jogo da franquia, a Bandai optou por unificar a nomenclatura. Claro, é necessário apontar a ironia do nome ocidental ser em japonês, enquanto o nome japonês usa uma palavra em inglês.
Ironias à parte, novidades de Sparking! Zero foram reveladas por alguns produtores durante o Play Days do Summer Game Fest 2024. A mais chocante e, simultaneamente, óbvia delas é a presença do multiplayer local com split screen, evocando a nostalgia da época do PlayStation 2.
Mas há sabores inéditos também: na campanha, jogadores poderão escapar do cânone original de Dragon Ball com escolhas de narrativa. Em nossa sessão, foi mostrado que Goku pode, ou não, aceitar a ajuda de Piccolo para enfrentar Raditz. Infelizmente, os produtores optaram por dizer sim à proposta, e ficamos sem saber como seria essa nova rota.
Ainda na campanha, foi mostrado que é possível assistir às cenas em primeira pessoa. Sim, vivenciamos Goku sendo atingido pelo Makankosappo de Piccolo com essa perspectiva.
Fora do modo história é onde fica a novidade mais interessante. Haverá uma opção de customizar batalhas em uma profundidade considerável, definindo diálogos para os personagens e até algumas interações específicas, como recuperar o Ki depois de perder determinada quantidade de vida.
Para os jogadores de PC, isso deve ser um prato cheio. É fácil imaginar que várias fan fics serão criadas usando a ferramenta, trazendo um frescor constante para o jogo.
Claro, em um texto sobre Dragon Ball, é importantíssimo falar sobre o combate. Conforme já foi mostrado nos vários trailers de Sparking! Zero, as batalhas são muito similares às de Budokai Tenkaichi. Cenários enormes e destrutíveis recebem lutas que variam entre o corpo-a-corpo e os golpes de energia à distância. O ritmo, consequentemente, se alterna bastante, com momentos de trocação de socos intensa, e outros de carregar seu Ki para usar um ataque poderoso.
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Não há um apreço tão grande pela precisão ou pelo conhecimento de combos. A velha tática de esmagar botões já traz respostas satisfatórias, mas usar um pouco dos timings para desviar e contra-atacar também é bem prazeroso. De qualquer forma, é evidente que o foco do game não é em uma mecânica de alto nível.
Em cada batalha, jogadores podem escolher um time de até três personagens, que são intercambiáveis em praticamente todos os momentos da luta. As transformações obviamente fazem parte do pacote, podendo ser ativadas com certa facilidade no meio das lutas.
Inclusive, a Bandai explicou o porquê de contabilizar as dezenas de Gokus e Vegetas como personagens diferentes. Cada um deles tem golpes únicos e podem ser selecionados já na tela de escolha de lutador. Quer começar a luta com Goku Super Saiyajin Blue? Sem problemas.
Com lançamento já em 11 de outubro, Dragon Ball: Sparking! Zero não quer ser um jogo incrível em questões técnicas ou mecânicas. Ele mira na nostalgia e na gameplay simples, e, por enquanto, parece acertar em cheio.