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Diretores de Disco Elysium acusam fraude na compra do estúdio ZA/UM

Por outro lado, gerência afirma que diretor foi demitido por promover assédio moral e toxicidade no ambiente de trabalho

Por Helena Nogueira 09.11.2022 19H25

A equipe criativa de Disco Elysium e o estúdio ZA/UM trocaram acusações preocupantes. Nesta quarta-feira (9), o diretor Robert Kurvitz e o diretor de arte Aleksander Rostov acusaram fraude no processo de compra do estúdio. Por outro lado, a nova gerência afirma que Kurvitz foi demitido por promover assédio moral e toxicidade no ambiente de trabalho. 

Por meio de uma carta-abeta direcionada aos fãs, Kurvitz e Rostov afirmam que a empresa estônia Tütreke OÜ obteve posse da maior parte das ações da ZA/UM por meio de fraude. Os diretores alegam que o dinheiro usado na compra veio da própria desenvolvedora e, ao fazerem perguntas sobre o caso, foram demitidos. 

Reprodução: ZA/UM

“Acreditamos que o dinheiro usado pela Tütreke OÜ para comprar a participação majoritária foi retirado ilegalmente do próprio Zaum Studio OÜ [ZA/UM], dinheiro que pertencia ao estúdio e a todos os acionistas, mas foi usado em benefício de um. Dinheiro que deveria ter ido para fazer a sequência", diz a carta. 

Os diretores descrevem a Tütreke OÜ como um "veículo" para dois empresários da Estônia – Ilmar Kompus, atual CEO da ZA/UM, e um homem chamado Tõnis Haavel. Kurvitz e Rostov argumentam, inclusive, que Haavel já foi “condenado por enganar investidores em 2007”.

Reprodução: ZA/UM

"A empresa que construímos foi saqueada e nossos próprios ganhos são insuficientes até mesmo para cobrir as taxas legais", continua a carta. "Acreditamos que essas ações... em nossa opinião, e na opinião de nossos advogados, equivalem a delitos criminais puníveis com até três anos de prisão".

Ainda nesta quarta-feira (9), Kompus, CEO da ZA/UM, contra-argumentou a dupla por meio de um pronunciamento no jornal Ekspress, da Estônia. 

Reprodução: ZA/UM

No comunicado, o executivo acusa Kurvitz e um ex-acionista da empresa, Saandar Taal, de má gestão. Na versão do CEO, ambos teriam sido responsáveis por “depreciar mulheres e colegas de trabalho", criar um "ambiente tóxico" e ter a "intenção de roubar propriedade intelectual".

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A saída de Kurvitz, Rostov e da roteirista Helen Hindpere, todos nomes importantes para o desenvolvimento de Disco Elysium, se tornou pública no início do último mês de outubro. Na época, o designer e co-fundador da ZA/UM Martin Luiga afirmou que a saída do trio foi involuntária e que eles não trabalhavam mais na empresa desde o fim de 2021. (via Eurogamer).  


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