Lançado em junho de 2023, Diablo 4 trouxe de volta um dos mundos mais populares da Blizzard, com várias novidades e melhorias em relação ao terceiro game da série. De forma inusitada, o jogo começou bem sua jornada, mas logo desagradou os fãs por conta de mudanças impopulares - como forçar a criação de um novo personagem a cada temporada, perdendo todo o seu progresso.

Ainda assim, Diablo 4 sobreviveu. Com o tempo, o jogo achou seu caminho e foi melhorando, com atualizações constantes em todas as versões. No fim das contas o saldo acabou sendo positivo e Diablo 4 é lembrado como um dos grandes títulos do ano passado.

Agora, quase um ano e meio depois, é a vez de Diablo 4 Vessel of Hatred, primeira grande expansão do título, já lançada nas mesmas plataformas da versão base - PS4, PS5, Xbox One, Xbox Series S, Xbox Series X e PC. Com Vessel of Hatred a Blizzard não quer apenas agradar os fãs que abandonaram o game lá atrás, mas também ser um atrativo para quem está chegando agora.

Bom, atrair pessoas novas com conteúdo pago não é exatamente uma boa estratégia. Especialmente um conteúdo pago que custa cerca de R$ 180 em todas as plataformas, sem incluir o jogo base - que por si só é cerca de R$ 300. Mas tudo bem, reclamar de preço não parece ser inteligente em uma realidade onde diversos DLCs custam até mais do que isso, em termos de jogos "AAA". Ainda assim, Vessel of Hatred está pregando para iniciados.

Quando você abre o game, se depara com uma mensagem informando que a DLC está instalada e pronta para ser usada. Quando você cria seu personagem e inicia a jornada da DLC, apenas uma cutscene é exibida sem muita contextualização, continuando os fatos do fim do jogo-base.

O game avisa que é recomendado terminar a campanha principal antes de seguir para Vessel of Hatred, mas também é possível jogar a partir dali, de acordo com a escolha do usuário. Como não há contexto, não é muito recomendável a se fazer isso. Mas preciso comentar: a história não é o forte da expansão.

Na realidade, a história é o principal ponto fraco da expansão. Ela brilha em pouquíssimos momentos e não faz um bom serviço em trazer fatos relevantes para o que já havia sido apresentado na campanha principal de Diablo 4.

Temos também, claro, a inclusão de uma nova classe jogável, o Natispírito. Este, sim, é o principal motivo para jogar Vessel of Hatred, se você ainda for fã de Diablo 4 e tiver curtido a experiência original. De longe, o Natispírito lembra um Druida, mas ele vai bastante além.

Com o Natispírito é possível invocar forças de guardiões espirituais animais, um Jaguar, uma Águia, um Gorila e um Centopeia. Cada um oferece uma variedade de gameplay bem adequada para justificar a nova classe. A nova árvore de evolução, liberada a partir do nível 60, também faz bem o serviço.

Some a presença do Natispírito com diversas melhorias, novos inimigos e mais áreas do mapa para explorar e você tem uma expansão bem decente para quem já jogou Diablo 4. Se você é um dos fãs que debulhou o jogo original e quer conteúdo inédito, é indicado voltar e aproveitar a DLC. Se você chegou agora em Diablo 4, prefira esperar por uma promoção e não se preocupe tanto em correr atrás da expansão agora.