Com trailers que impressionaram pelas cinemáticas realistas e cenas repletas de parkour em vasto mundo aberto, Forspoken deixou os fãs da Square Enix animados com a possibilidade de uma nova IP – ao menos, em um primeiro momento. Porém, a chegada do jogo em janeiro deste ano, comprovou-se que ele era menos animador do que parecia.

Com polimento aquém do prometido, missões repetitivas, história desinteressante e mundo aberto ultrapassado, Forspoken foi a primeira decepção do ano. O fracasso em vendas foi tão substancial que, poucos meses após o lançamento, o estúdio Luminous Productions foi reintegrado à Square Enix, deixando de existir como uma empreitada paralela. 

Outra proposta que parecia ser um acerto garantido era Redfall. Com Prey e Dishonored, a Arkane Austin ficou conhecida pela excelência em jogos de tiro imersivos – e é por essas e outras que ninguém esperava que a aposta em um co-op de caçadores de vampiros daria errado ao ponto de demandar um pedido de desculpas de Phil Spencer.

Além de engasgos técnicos presentes na IA dos inimigos, texturas que demoram para carregar, controles descalibrados e a infame restrição de 30 fps no lançamento, Redfall é assolado por combate repetitivo, ambientes vazios e história morna. O resultado final, como constatamos no review, é uma experiência que drena sua energia vital.

Poucos jogadores tinham, de fato, expectativas para o apelidado “jogo do Gollum”. Após  diversos adiamentos, o título da Daedelic Entertainment estreou no Metacritic com meros 38 pontos para a versão de PS5, com 21 avaliações. 

O consenso é que o gameplay é repetitivo, estressante e comprometido por uma quantidade avassaladora de problemas técnicos, incluindo bugs, controles não-funcionais e carência de polimento. No fim, Gollum foi mais um lançamento desastroso que fechou estúdio: A Daedelic encerrou completamente seu braço de desenvolvimento, limitando-se à distribuição de jogos.

Nos últimos anos, o selo EA Originals conquistou notoriedade com jogos como A Way Out, Lost in Random e o premiado It Takes Two. A contra-regra, contudo, veio em 2023, com Immortals of Aveum se tornando a primeira “bola fora” do braço de games independentes.

Apesar do combate que agrada com mecânicas variadas e upgrades, o envelopamento genérico e baixa pretensão do projeto fizeram de Immortals of Aveum um lançamento esquecido pelos jogadores – ainda mais em um trimestre abarrotado de grandes jogos. Em apenas cinco dias no ar, o título já se limitava ao pico de apenas 751 jogadores no Steam. 

Uma das surpresas do The Game Awards 2022, Crime Boss: Rockay City prometia uma experiência aos moldes de GTA com um elenco de peso, formado por Danny Trejo, Michael Madsen, Chuck Norris e Michael Rooker. Não à toa, criou-se certa expectativa em torno do game – que, bem, não foi correspondida. 

O consenso da crítica e público no Metacritic é que a estrutura do jogo é datada, com missões repetitivas e enredo raso que promovem tédio rápido. Ainda mais por se tratar de um jogo cuja proposta demanda adrenalina e cenas arrebatadoras, Rockay City não demorou para se tornar uma IP que “morreu na praia”. 

O que deveria marcar o renascimento de Silent Hill se tornou uma experiência duramente criticada pelo público e rapidamente esquecida. Horas antes da estreia, Silent Hill: Ascension prometeu um formato em que todos os jogadores têm chances iguais.

Na prática, porém, percebeu-se um modelo ganancioso em que aqueles dispostos a pagar detém maior poder de decisão e contam com um número consideravelmente maior de atividades disponíveis. Não apenas isso, fãs acusam Ascension de usar bots para manipular as votações que decidem os acontecimentos da história – que, por si só, falhou em entregar a profundidade característica de Silent Hill. 

LEIA MAIS

• Final Fantasy VII Rebirth e mais: Os games mais aguardados de 2024
• GTA 6, MGS Delta Snake Eater e mais: 9 grandes anúncios de 2023
• Filme do Mario, leak de GTA 6 e mais: As notícias mais lidas de 2023

Além de ser o último grande “flop” de 2023, The Day Before é um dos casos mais catastróficos e assustadores de venda de jogo com base em promessas infundadas. 

Após desenvolvimento conturbado, manchetes escandalosas e diversos adiamentos – um deles, chocantemente, por disputa de marca registrada –, The Day Before chegou em estado deplorável, muito distante do ambicioso projeto prometido pela Fnstastic. Pior, em menos de uma semana, o estúdio foi fechado e o jogo retirado do Steam. Não à toa, muitos acusaram roubo e demonstraram revolta com os acontecimentos. 

Hey, listen! Venha se inscrever no canal do The Enemy no YouTube. Siga também na Twitch, Twitter, Facebook e TikTok ou converse com o pessoal da redação no Discord.