Após lançar Dead Space 3 em 2013, a Visceral tinha planos para um quarto game da franquia. A ideia, que nunca chegou a sair do papel, era de criar um jogo com gameplay não-linear e um mundo "quase" aberto, de acordo com o diretor Ben Wanat.

Em entrevista ao Eurogamer, a base do gameplay seria o capítulo 3 de Dead Space 3, no qual você deve vasculhar naves espaciais abandonadas. "Esse segmento dava pistas de como esse gameplay não-linear poderia ser, e eu aprofundaria esse aspecto", conta.

A ideia era misturar o gameplay de mundo aberto com o esquema de capítulos que os demais títulos seguiam. "Você começaria em um ponto do espaço, seguindo uma trilha de naves destruídas para uma estação na qual haveria recursos para reparar a sua nave e torná-la capaz de viajar por meio do Shock", explica Wanat. Shock, como os fãs de Dead Space sabem, faz referência ao ShockPoint Drive, um meio de viajar pelo espaço com uma velocidade superior a da luz.

A ideia era incluir elementos de sobrevivência no game. Enquanto você explorasse os escombros das naves, deveria encontrar recursos para se manter vivo no espaço.

O jogo também mudaria o sistema de crafting existente em Dead Space 3, que na opinião de Wanat, tirou um pouco do brilho das armas. "Precisaríamos de um foco em rebalancear as armas e, ao mesmo tempo, dar aos jogadores muitas opções de customização."

O diretor também gostaria de mudar o protagonista do jogo: em vez do Isaac Clarke, ele imaginava Ellie Langford como a heroína.

Embora tivesse certa popularidade, a franquia Dead Space não deu o retorno esperado para a EA em vendas. Sendo assim, a publisher nunca deu o sinal verde para a continuação, e acabou fechando a Visceral em setembro de 2017, enterrando de vez as chances de um retorno da saga - pelo menos por agora.