Após o compartilhamento de um post de cunho racista na noite deste sábado (30) por Henrique Martins, streamer e administrador do canal Xbox Mil Grau, a Microsoft negou ter “relação formal” com o grupo ou apoiar “suas visões” em nota enviada ao The Enemy.
“Respeito, diversidade e inclusão são parte dos nossos valores fundamentais e nós não toleramos comportamentos que violem esses princípios em nossos serviços. Não temos uma relação formal com esse grupo e não apoiamos suas visões”, afirmou a empresa em um comunicado enviado na tarde desta segunda-feira (01).
A marca foi criticada por fãs e outros usuários do Twitter na noite de ontem após o compartilhamento de uma postagem de Martins na rede social.
A imagem publicada associa uma foto dos protestos antirracistas que acontecem nos Estados Unidos, motivados pela morte de George Floyd, homem afro-americano asfixiado por um policial branco durante uma ação da polícia da cidade de Minneapolis na última sexta-feira (29), a uma foto de Bob Behnken e Doug Hurley, astronautas da missão Demo-2, da SpaceX, lançada neste sábado.
Junto às imagens, a postagem traz os dizeres “o que pessoas negras estão fazendo hoje” e “o que pessoas brancas estão fazendo hoje”. “Vai dar choro ou não?”, questiona Martins no conteúdo publicado na rede social. Veja abaixo. [Vale ressaltar: adicionamos uma tarja preta à imagem pois o nome de usuário de Martins pode ser considerado um spoiler de The Last of Us: Parte II]
A imagem de cunho racista gerou revolta e levou múltiplos usuários da rede social a exigir um posicionamento da Microsoft Brasil sobre o ocorrido, uma vez que o canal Xbox Mil Grau é notório por utilizar a marca “Xbox” no Brasil há anos, sem questionamento judicial por parte da Microsoft.
Entre os perfis que cobraram um posicionamento da Microsoft sobre a postagem de Martins está a Sleeping Giants Brasil, versão nacional do perfil estadunidense Sleeping Giants. Criado pelo publicitário, o perfil acabou se tornando um movimento global com o objetivo de alertar empresas sobre o uso de suas marcas por sites e perfis de extrema-direita, ou conhecidos por disseminar notícias falsas e discurso de ódio.
Além da Microsoft Brasil, a Sleeping Giants Brasil e outros usuários do Twitter também questionaram a Twitch sobre o episódio, já que o grupo é parceiro da plataforma de streaming e realiza transmissões frequentes através do site.
O The Enemy entrou em contato a Twitch em busca de um posicionamento, mas a companhia não havia respondido até o fechamento desta nota.