O criticado CEO da Activision Blizzard, Bobby Kotick, deu seu parecer sobre o impasse sobre a aquisição da desenvolvedora pela Microsoft.
Em comunicado divulgado nesta quarta-feira (29), o executivo chama a resistência da Sony de “decepcionante”, criticando a postura da publisher em relação à aquisição.
De acordo com o Kotaku, a carta foi enviada pelo CEO, em um primeiro momento, apenas para os funcionários da Activision Blizzard. Depois, o comunicado foi publicado na íntegra no blog da empresa.
Além de repetir os argumentos usados pela Microsoft, defendendo que há nada de errado com a aquisição, Kotick criticou a Sony abertamente.
“Vocês devem ter visto declarações da Sony, incluindo um argumento de que, se esse acordo for concluído, a Microsoft poderá lançar versões deliberadamente com "bugs" de nossos jogos no PlayStation”, escreveu o CEO.
“Todos sabemos que nossos jogadores seriam os primeiros a cobrar a Microsoft a cumprir suas promessas de conteúdo e paridade de qualidade, e todos nós do setor que trabalhamos tanto para oferecer os melhores jogos nos preocupamos muito com nossos jogadores para lançar versões abaixo da média”, argumentou no comunicado.
“A Sony até admitiu que não está realmente preocupada com um contrato de Call of Duty - eles apenas gostariam de impedir que nossa fusão acontecesse. Este é obviamente um comportamento decepcionante de um parceiro de quase trinta anos, mas não permitiremos que o comportamento da Sony afete nosso relacionamento de longo prazo. Os jogadores do PlayStation sabem que continuaremos a oferecer os melhores jogos possíveis nas plataformas da Sony, como fazemos desde o lançamento do PlayStation”, finalizou Kotick.
O posicionamento da Sony
Desde a revelação do processo de aquisição da Activision Blizzard, a Sony tem se mostrado contrária ao negócio, afirmando que a Microsoft garantiria vantagens desleais caso a compra seja aprovada.
A disputa gira em torno, principalmente, de uma possível exclusividade da franquia Call of Duty – uma das mais lucrativas do mercado – no Xbox.
Mais cedo neste mês de março, a Sony argumentou para o órgão regulador do Reino Unido que a exclusividade de Starfield e The Elder Scrolls 6 são evidências de que a Microsoft pode quebrar sua promessa de manter Call of Duty como uma franquia multiplataforma.
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Reforçando o posicionamento da publisher, Jim Ryan, chefe da divisão PlayStation, recentemente afirmou: “não quero nenhum tipo de acordo envolvendo Call of Duty, só quero bloquear a fusão."
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