Divulgação/Activision
Black Ops 6 permitiu que estúdio "inovasse mais", diz Activision
Diretor de Produtos da empresa falou sobre desafios de trabalhar com o game no Brasil
Um novo Black Ops costuma ter gostinho especial para a comunidade brasileira, que abraçou a franquia em seus primórdios, ainda na geração do Xbox 360 e PlayStation 3, quando games online realmente embalaram nos consoles. Com Call of Duty: Black Ops 6 chegando, a própria Activision reconhece que o país é um ponto de foco para o game, e analisa os principais desafios para que o lançamento seja um sucesso.
“O Brasil é muito apaixonado com relação a tudo. Conteúdo, futebol, games… a forma que o brasileiro engaja com conteúdo é totalmente diferente de outras comunidades. A nossa mentalidade é de mantê-los felizes dentro do jogo. Óbvio, há um cenário diferente no Brasil, por conta do país girar em torno do mobile, não é como os outros países”, explica Rodrigo Pérez, Diretor de Gerenciamento de Produtos na América Latina, em conversa com o The Enemy no COD NEXT 2024.
Passando para o impacto de um novo Black Ops no continente, Pérez concorda que a franquia tem uma identificação grande não só no Brasil, mas na América Latina como um todo, e sobe as expectativas para o próximo título:
“A receita de Black Ops, os espiões, você sempre se pergunta se está jogando algo real ou não. Há o modo Zombies, que é bem popular no Brasil e na América Latina. Depois de quatro anos cozinhando, diria que o Black Ops 6 é diferente, acho que ele irá revigorar a franquia, e as pessoas já até descobriram algumas coisas sobre ele”, reflete.
Na visão de Pérez, a mistura de elementos focados em jogadores hardcore, como o sistema de prestígio, e outras simplificações que foram feitas pensando no perfil casual, como o novo HUD do modo Zombies, formam uma combinação interessante.
Pensando em um lado mais “business”, o diretor admite que, eventualmente, Call of Duty tem seus pontos baixos como franquia. Ainda assim, a série é um dos maiores sucessos na indústria e, ano após ano, aparece nas primeiras posições dos rankings de venda.
“Depois de trabalhar com a marca por tantos anos, você entende que, a cada ponto alto, há um ponto baixo, e sempre há progresso. Mesmo se você falha, você descobre algo. Se as pessoas estão bravas, não é uma coisa ruim, é porque elas são apaixonadas. O equilíbrio é tentar agradá-las, e também impressioná-las, e Call of Duty está em ótima posição para fazer ambas as coisas”, analisa.
Por fim, Pérez volta a subir as expectativas para o próximo CoD, mencionando o tempo maior de desenvolvimento:
“Há jogos que permitem que inovemos mais. Normalmente, você tem dois ou três anos de desenvolvimento, esse teve quatro, então há muitas coisas que estamos animados para mostrar, como a movimentação, que deve ser um ponto de virada na franquia. Acredito que o Omnimovement deixa o jogo totalmente diferente, mas ainda assim, ele parece com Black Ops”, afirma.
Black Ops 6 chega em 25 de outubro para PlayStation 4 e 5, Xbox One e Series X|S e PC.