Mesmo sendo uma sequência direta de um outro jogo com o qual compartilha algumas semelhanças, Tears of the Kingdom representou o período de desenvolvimento mais longo da franquia Zelda. Ao todo, foram seis anos em produção — e, agora, sabemos que parte considerável desse tempo foi investida no polimento.  

Em entrevista ao Gene Park, repórter do Washington Post, Eiji Aonuma revelou que, quando o adiamento foi anunciado, em março de 2022, o novo Zelda estava, praticamente, pronto. 

Imagem de Eiji Aouma
Reprodução: Mary Inhea Kang/The Washington Post

O último ano de desenvolvimento foi usado para garantir que “tudo no jogo estivesse 100% de acordo com nossos parâmetros”, disse o produtor na matéria, publicada no último sábado (20). 

O empenho do time fica ainda mais notável em tempos em que se torna cada vez mais comum ver jogos de última geração sendo lançados com problemas preocupantes, demonstrando pressa no lançamento. Exemplos recentes são Redfall, Star Wars Jedi: Survivor e a versão de PC de The Last of Us Parte I

Imagem de Zelda Tears of the Kingdom
Nintendo

A criação da Ultrahand

No bate-papo com Park, Aonuma revelou outras curiosidades sobre o desenvolvimento de Tears of the Kingdom. Por exemplo, a implementação da Ultrahand — recurso de construção que está dando o que falar na Internet — foi uma ideia do diretor Hidemaro Fujibayashi. 

Imagem de Eiji Aonuma e Hidemaru Fujibayashi
Reprodução: Mary Inhea Kang/ The Washington Post

Fujibayashi demonstrou a proposta ao construir um tanque usando engrenagens de Breath of the Wild. Porém, Aonuma não foi facilmente convencido: original de uma família de carpinteiros, o produtor entrou em conflito com o time por causa da ideia de usar uma “cola” para unir objetos.  

“Quando conectava as coisas e as colava [na vida real], sempre era muito exigente em não ver cola nas juntas. Eu limpava dessa forma porque isso realmente me dava nos nervos”, lembrou Aonuma. 

Imagem de Zelda Tears of the Kingdom
Nintendo

“A equipe fez um apelo para mim… Há uma parte de mim que parece querer limpar essa cola e fazer as coisas parecerem um pouco mais limpas e organizadas. Mas, no fim, eles estavam certos. Ser capaz de ver claramente onde os objetos que você está conectando são montados faz com que esse tipo de jogabilidade se encaixe bem e esteja de acordo com o espírito de Zelda”, finalizou o produtor. 

Gameplay primeiro, história depois

Imagem de Zelda Tears of the Kingdom
Nintendo

No mais, a entrevitsa confirmou que, como de costume na franquia Zelda, o desenvolvimento de Tears of the Kingdom priorizou o funcionamento do gameplay. A história do jogo, definida como “mais sombria do que Majora’s Mask” por Aonuma, surgiu apenas depois. 

Fujibayashi argumentou que, mesmo que muitos outros jogos modernos priorizem a história, o “espírito de Zelda” se concentra em conceitos novos e inesperados de gameplay. Sendo assim, no início do desenvolvimento, “realmente não havia uma história.” 

Imagem de Zelda Tears of the Kingdom
Nintendo

“Quando chegamos ao ponto em que nos sentimos confiantes na experiência de jogo, é aí que a história começa a surgir”, disse o diretor. 

LEIA MAIS

The Legend of Zelda: Tears of the Kingdom já está disponível para Nintendo Switch. Leia a nossa crítica do jogo, em que constatamos: “Expandindo o escopo e mirando diretamente em críticas a predecessor, novo Zelda é monumental”.  


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The Legend of Zelda: Tears of the Kingdom
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  • Lançamento

    12.05.2023

  • Publicadora

    Nintendo

  • Desenvolvedora

    Nintendo

  • Censura

    12 anos

  • Gênero

    Ação, aventura

  • Plataformas

    Nintendo Switch