
Milhares de reuniões do Zoom são expostas online
Sem qualquer tipo de segurança, os vídeos podem ser encontrados em armazenamentos digitais públicos
O Zoom, aplicativo de reuniões online, teve uma grande brecha de segurança exposta em reportagem do Washington Post. O programa possui mais de 15 mil reuniões arquivadas em um espaço de armazenamento online, que pode ser acessado sem qualquer tipo de senha.
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O aplicativo permite que os usuários gravem as reuniões em seus próprios computadores ou nos servidores do Zoom, sem precisar pedir o consentimento dos participantes. As gravações, entretanto, são salvas com um nome genérico e repetitivo, que pode ser facilmente encontrado na internet.
O Washington Post encontrou conteúdos como sessões de terapia e até mesmo reuniões que incluíam nudez, como um tutorial de depilação feita com cera.
Em meio à pandemia de coronavírus, os danos são potencializados graças à maior demanda pelo app: no último mês, o Zoom teve média de 200 milhões de usuários diários, um salto gigantesco em comparação aos 10 milhões que manteve em dezembro.
"Nós não desenhamos o produto prevendo que, em questão de semanas, todas as pessoas do mundo estariam repentinamente trabalhando, estudando e socializando de casa", escreveu o CEO Eric Yuan no blog da empresa. O grande número de usuários estava utilizando o app de "maneiras inesperadas, trazendo desafios que não antecipamos quando a plataforma foi concebida".
Como medida preventiva, Yuan afirma que todas atualizações de recurso do Zoom serão interrompidas por 90 dias, e os times de desenvolvimento estarão focados em consertar os problemas de privacidade e segurança do aplicativo.