Uma polêmica domina as discussões ao redor do Google desde o início da semana. Tudo começou com um manifesto de um engenheiro da empresa, divulgado em uma rede interna, que viralizou e acabou sendo exposto por funcionários da gigante das buscas (você pode lê-lo na íntegra, nesta reportagem do Gizmodo).

No documento, o engenheiro critica as ações da empresa em prol da diversidade de gênero e acusa a empresa de silenciar visões conservadoras. O texto argumenta que os problemas de diferença de salários entre homens e mulheres no setor de tecnologia não são causados por sexismo, e sim por uma suposta "diferença biológica" entre os dois gêneros.

Por conta destas diferenças, mulheres ficariam em empregos que tem salários menores pois são "menos propensas a níveis elevados de estresse" e "têm dificuldade em negociar ordenados mais elevados".

O documento causou enorme rejeição entre funcionários da empresa, e o funcionário, que se identificou como James Damore, comunicou à Bloomberg que foi demitido nesta terça-feira (8). Além disso, o CEO da empresa, Sundar Pichai, afirmou que partes da carta violam o código de conduta do Google.

A notícia joga mais fogo em um debate acirrado sobre desiguldade de gênero no Vale do Silício. No ano passado, dados divulgados pela empresa de recrutamento Hired dizem que mulheres ganham entre 3% e 30% menos do que homens em cargos de igual nível nas empresas de tecnologia (via ReCode).

Outro grande escândalo aconteceu com o Uber, onde diversas funcionárias acusaram a empresa de ter uma cultura na qual predomina a discriminação e o assédio.