A indústria de tecnologia norte-americana tem sido uma das mais vocais opositoras de várias das ações de Donald Trump na presidência dos Estados Unidos. E uma destas questões em específico – a tentativa do governo americano de dificultar ou bloquear a entrada de imigrantes e refugiados no país – é particularmente criticada por empresas do setor. 

Startup gigante da área de hospedagem, a Airbnb foi uma das empresas que se pronunciou contra a ação, anunciando um investimento de US$ 4 milhões em um plano para providenciar abrigo de curto prazo para ao menos 100 mil refugiados nos próximos cinco anos. 

Nesta semana, a empresa lançou sua nova plataforma que dará suporte ao plano, permitindo a conexão de anfitriões voluntários a refugiados buscando uma moradia temporária.

Através do site, voluntários podem listar suas casas para receber refugiados sem contrapartidas financeiras. A partir da listagem, o Airbnb colocará o voluntário em contato com agências especializadas em alojar pessoas em situação de risco, como a International Rescue Committee (IRC). A partir daí, os anfitriões serão contactados e poderão receber essas pessoas em suas casas. Após o termino das estadias, a ideia é que os visitantes sejam encaminhados para abrigos permanentes ou para outros órgãos de ajuda humanitária.

Se os planos ambiciosos da Airbnb vão ser bem recebidos por anfitriões do serviço, ainda precisaremos de algum tempo para descobrir. Ainda assim, a ideia deve promover uma recebida menos hostil e mais amistosa a pessoas deslocadas de seus lugares de origem, seja por desastres naturais, por serem vítimas de conflitos armados ou outras crises humanitárias.