Elden Ring: O momento mais triste de todo o jogo

Dois personagens são fundamentais na jornada do Maculado em Elden Ring: Roderika, a responsável por tornar as invocações mais poderosas, e Hewg, o ferreiro acorrentado que torna nossas armas mais fortes.

Ela aparece pela primeira vez, em qualquer jogatina, como uma mulher desolada vestindo um manto vermelho, na cabana próxima ao Castelo Tempesvéu. Ele, por outro lado, só nos é apresentado quando ganhamos acesso à Mesa-Redonda.

A Donzela de Coração Partido

Roderika parece apenas mais uma NPC qualquer quando a encontramos. No entanto, basta cumprir a tarefa que ela nos passa para ganhar acesso a todo um arco pequeno e especial no jogo da FromSoftware.

Insegura a respeito das próprias capacidades, Roderika acredita que não tem como contribuir com a jornada do Maculado. Entretanto, tudo muda quando conversamos com Hewg, o ferreiro, sobre a nova amiga que fizemos.

Hewg, condenado a cuidar das armas dos guerreiros da Mesa-Redonda eternamente, é quem decide, receosamente, ajudar Roderika a descobrir os próprios talentos. O ferreiro se encaixa naquele arquétipo de personagem ranzinza, que está sempre mal humorado. Contudo, aos poucos, ele se torna mais e mais amigável.

Com a ajuda do "Mestre Hewg", como Roderika o chama, aquela pessoa indefesa que conhecemos perto do Castelo Tempesvéu se torna uma Canalizadora de Espíritos extremamente prestativa.

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Conforme o tempo passa, é nítido como ela e Hewg se tornam amigos, de certa forma, sentando sempre perto um do outro na Mesa-Redonda. Ver essa evolução na relação dos dois é o que torna o final do game tão triste.

A Térvore Queimada

O ferreiro Hewg fala constantemente sobre como ele gostaria de criar uma arma capaz de matar um deus. Exceção feita a Roderika, ele não parece sentir muito apreço por qualquer aspecto das Terras Intermédias. Considerada a condição de prisioneiro do ferreiro, é fácil entendê-lo.

Motivados pela simples necessidade, jogadores podem melhorar as próprias armas com o ferreiro muitas vezes, e, de vez em quando, é possível conversar com ele sobre outros assuntos. Inclusive, sobre como Roderika tem melhorado no próprio ofício.

Lá pelas últimas horas de jogatina, entretanto, após Melina colocar fogo na Térvore, acontece algo muito triste: conforme a Térvore queima, a Mesa-Redonda queima junto, e Hewg se recusa a deixar o próprio posto de trabalho... Porque ele nem se lembra de quem é, mas se lembra da função que desempenha.

Por algum motivo, Hewg perde a memória quando tudo começa a queimar. É como se a existência dele estivesse, de alguma forma, atrelada fortemente à Térvore. Mesmo ciente de que tudo ao redor dele está caindo e de que a corrente que o prendia foi quebrada, Hewg permanece agindo como um ferreiro e se recusa a ir embora.

Ele diz até mesmo que não entende por que Roderika chora por ele, sendo que nem sequer se lembra dela.

A despedida mais dolorosa

Sem esperança de salvar Hewg, jogadores podem se sentir compelidos a fugir com pelo menos um dos dois aliados que estiveram presentes desde o início da história. Contudo, nem mesmo isso é possível.

Em respeito ao tempo que passaram juntos e ao próprio desejo de Hewg, Roderika decide ficar ao lado do mestre até o fim. Ela sabe que a Mesa-Redonda está queimando. Sabe que, dificilmente, conseguirá sobreviver. Ainda assim, Roderika se recusa a abandonar o Mestre Hewg e, imediatamente, volta a nos perguntar apenas se precisamos da Canalização de Espíritos.

Cientes de que os amigos, provavelmente, não sobreviverão até o final da campanha, jogadores abandonam a Mesa-Redonda com um peso gigante na consciência, deixando dois aliados para trás que, acima de tudo, desejam a vitória do Maculado na batalha contra Marika/Radagon.

Depois de passar por tudo isso, como não descer a porrada com gosto nos chefes finais?

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