FIFA é uma série que não necessita de grandes ajustes. O modelo de controles estabelecido desde 2008, ano da virada para a franquia, alcançou um patamar que não necessita de reinvenções. FIFA 15 é mais um daqueles jogos com pequenas mudanças, quase todas feitas no ritmo e na resposta dos jogadores. A lentidão das últimas duas edições é descartada de vez, enaltecendo a velocidade do toque de bola e o entrosamento dos times.

A sutileza das modificações também acontece na parte visual, que agora tem um nível digno da nova geração de consoles. O modelo dos jogadores, a fidelidade dos movimentos, a torcida nos estádios e, principalmente, o realismo do gramado. Apesar de parecer simples, as modificações gráficas feitas na grama são um grande salto para a franquia. Todos as atletas deixam marcas no campo, de uma simples corrida até um carrinho que arranca um naco de terra. No fim de um primeiro tempo com chuva, por exemplo, o desgaste é notório.

Para quem é fã da franquia, a agilidade na resposta dos comandos é evidente desde o início. A jogabilidade está mais parecida com FIFA Copa do Mundo 2014 do que com os outros títulos principais da série. Tanto os chutes quanto os toques de lado saem mais rápidos do pé, quase não há atraso. O que ajuda nessa agilidade é a reação e domínio, trabalhados de uma maneira mais relacionada ao estilo do atleta - Messi cai e levanta em segundos, Dante demora um pouco mais. Antes, não importava muito o jogador, a lentidão na hora da recuperação era lenta, deixando o game ainda mais cadenciado.

A atração principal de FIFA 15 será o visual para a nova geração de consoles. Aos poucos a Eletronic Arts consegue dar mais realismo aos jogadores - algo que a franquia sempre pecou. Agora, até as camisas e o formato do corpo está mais fiel. No mais, é como um patch com alterações mínimas e necessária. E, como sempre, bem-vindo.