Apesar do duro golpe que recebeu do órgão regulador de mercado do Reino Unido nesta semana ao bloquear sua fusão com a Activision, a Microsoft continua expandindo seus braços para se tornar uma potência no mercado de Cloud Gaming e assinou mais um contrato com uma grande empresa neste setor na Europa.

O anúncio vem justamente no setor no qual a CMA acredita ser um risco de ser criado um monopólio por parte da Microsoft e o fator principal para bloquear a fusão da empresa com a Activision.

O presidente da Microsoft, Brad Smith, anunciou no Twitter que a empresa e a Nware, plataforma europeia de jogos em nuvem, assinaram um contrato de 10 anos para transmitir jogos para PC feitos pela Xbox. O contrato também incluirá jogos da Activision Blizzard na plataforma, depois que a fusão for concluída.

Smith diz que "ainda é cedo para o segmento emergente de jogos em nuvem", mas a Microsoft está fazendo o acordo para ajudar a levar mais jogos a mais pessoas por meio da nuvem. A Nware também divulgou um comunicado, dizendo estar animada para trabalhar com a Microsoft nesta parceria.

A Nware é uma empresa que atua no mercado de Cloud Gaming e permite que as pessoas usem a plataforma para transmitir jogos que possuem na Steam, Epic Games Store e Ubisoft Connect através da nuvem. O serviço custa US$ 11 por mês.

Anteriormente, a Microsoft assinou com outras empresas de Cloud Gaming, como EE, Boosteroid, Ubitus e GeForce Now, para ajudar a convencer os reguladores a aprovar a compra da Activision Blizzard. No entanto, o argumento não convenceu a CMA, que declarou que a Microsoft teria muito poder no mercado de jogos em nuvem no Reino Unido.

O CEO da Activision Blizzard, Bobby Kotick, respondeu dizendo que a decisão do CMA “vai sufocar o investimento, a concorrência e a criação de empregos em toda a indústria de jogos do Reino Unido".

A Microsoft e a Activision Blizzard estão trabalhando juntas para preparar um recurso à decisão da CMA, mas ainda não se sabe quanto tempo isso poderia levar ou se seria eficaz.

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A União Europeia deverá emitir sua decisão até 22 de maio e relatos sugerem que a UE aprovará o acordo. Nos EUA, há um processo em andamento do Federal Trade Comission, e o relatório preliminar não foi favorável à fusão das empresas. Espera-se que em agosto ocorra a primeira audiência nos tribunais sobre o caso.

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