Review: Samsung Galaxy Z Fold 3 é experiência inovadora, mas que traz riscos
Aparelho da Samsung é excelente em vários aspectos, mas peca em pontos que não poderia se dar ao luxo de pecar
Dentre os próximos lançamentos da Samsung, o Galaxy Z Fold 3 se destaca como um aparelho híbrido que promete uma experiência inovadora para diversos estilos de uso.
O The Enemy teve a oportunidade de testar o celular por uma semana — do qual fizemos muito proveito dele, garanto —, por isso confira nosso review do aparelho a seguir.
Design
Como é de se esperar, o maior diferencial do Samsung Galaxy Z Fold 3 é seu design dobrável, que se destaca brilhantemente mesmo em relação a outros do mesmo estilo presentes no mercado.
Com duas opções de tela que fogem completamente do normal, o aparelho tem um corpo um pouco difícil de se acostumar em um primeiro momento — principalmente se esta for sua primeira experiência com um aparelho dobrável. Porém, é algo que te conquista após dois a três dias de uso.
Sendo um aparelho híbrido, que possibilita o uso tanto como tablet quanto celular, o dispositivo oferece um bom desempenho no dia a dia do usuário, além de poder também ser uma ótima ferramenta de trabalho, literalmente dobrando a produtividade com o uso de mais de um aplicativo em sua tela maior.
Bateria
Quando comecei a testar o Galaxy Z Fold 3, fiquei com um pé atrás sobre o que esperar da sua bateria. Apesar de ter tido uma excelente experiência com a duração das baterias de outros celulares da Samsung, o fator das duas telas me deu um mau pressentimento de que esse elemento poderia me decepcionar...
Mas ela entregou o necessário.
O aparelho acompanha uma bateria de 4.400 mAh, que me propuseram ao máximo 12 horas e 13 minutos de uso com aproximadamente 5,5 horas com a tela ligada com o brilho em aproximadamente 60%. Nesse caso em específico saí de casa com o celular com 100% de bateria às 8h da manhã e cheguei às 20h com a bateria com 16% restantes. Nesse teste em específico, o tempo de tela ativa foi usado para fazer fotos e vídeos e assistir alguns conteúdos no YouTube e no Tik Tok.
Câmera
O Z Fold 3 chega super equipado com várias câmeras: duas frontais em cada uma das duas telas: a externa conta com 10MP e a interna com 4MP. Na parte traseira do aparelho, temos três câmeras: uma teleobjetiva, uma ultrawide e a principal. (Provavelmente a câmera traseira será a que você mais vai usar, mesmo para selfies).
Honestamente, ambas as câmeras frontais deixaram muito a desejar, entregando fotos com texturas desagradáveis e comparáveis ao que pode ser visto em celulares com preços muito inferiores ao Z Fold 3.
Esse é, definitivamente, o ponto mais fraco do celular a meu ver. Suas câmeras frontais não mostram uma evolução quando comparadas a outros celulares mais antigos (e mais baratos) da Samsung e não entrega um bom resultado mesmo em frente à luz natural, como pode ser visto no exemplo abaixo:
Lembrando que quando me refiro a “bom resultado”, coloco a qualidade do material entregue em um lado da balança e o preço do equipamento no outro. Neste caso, simplesmente não bate. Uma câmera que deixou muito a desejar em diversos aspectos, principalmente por entregar muitas vezes fotos granuladas quando tiradas com a câmera de 4MP e indo ao completo oposto, entrega um resultado extremamente suavizado em sua câmera de 10MP — o que, particularmente, me incomoda demais.
Apesar das câmeras serem muito abaixo do esperado, a câmera traseira do aparelho definitivamente me impressionou, principalmente em seu Modo Retrato (que está disponível somente na câmera traseira, sendo mais um ponto negativo para a frontal).
Na minha visão, um dos pontos mais legais da câmera do Z Fold 3 e justamente o que me faz tirar a atenção da câmera frontal é a função de pré-visualizar a foto que está sendo tirada na câmera traseira, o que é excelente, principalmente para selfies.
O modo retrato entrega fotos com uma boa qualidade e com uma ou outra textura que pode incomodar a alguns, mas eu particularmente gostei do resultado
Hardware e desempenho em jogos
Em termos de uso no dia a dia, o Galaxy Z Fold 3 conta com um Snapdragon 888 Qualcomm SM8350 e tem um excelente desempenho, com uma excelência que se mantém quando o aparelho é utilizado para jogos.
Em testes feitos principalmente em Genshin Impact, o aparelho entregou todos os resultados esperados: um excelente desempenho e garantindo uma ótima experiência com sua tela maior. O design do aparelho por ser híbrido, dando a opção de utilizá-lo tanto como celular quanto como tablet, garante uma experiência super satisfatória em diversos jogos.
Julgamento: Vale a pena?
O Samsung Galaxy Z Fold 3 é um celular que entrega quase tudo aquilo que promete. Algumas partes do aparelho, como as câmeras frontais do celular, deixam muito a desejar, principalmente considerando um dispositivo que chega ao Brasil custando no mínimo R$ 12.799 e considerando que até você não encontra o Galaxy Z Fold 2, seu antecessor, por menos de R$8,000 atualmente (se encontrar, me avise, por gentileza).
O aparelho apesar de ser um excelente híbrido, deixa a desejar em diversos pontos que não poderia se dar ao luxo de errar, principalmente a qualidade das câmeras frontais. Acredito que seja praticamente impossível avaliar se uma compra em um valor que podemos especular como tão alto, realmente valha a pena, sem considerar o período de pandemia que vivemos desde março de 2020. Na minha visão, principalmente num momento como esse, não é o tipo de aparelho que valha investir um valor tão alto.
O Samsung Galaxy Z Fold 3 chega ao Brasil em 8 de outubro, com a pré-venda tendo início na quinta, 16 de setembro. às 12h no horário de Brasília. A versão com armazenamento de 256 GB sai por R$ 12.799, enquanto o modelo de 512 GB chega por preço sugerido de R$ 13.799.
Ficha Técnica
- Tela: Interna de 7,6 polegadas e externa de 6,2 polegadas
- Chipset: Snapdragon 888
- Memória RAM: 12 GB
- Armazenamento interno: 256 GB ou 512 GB
- Câmera traseira: 12 MP + 12 MP + 12 MP
- Câmera frontal: 4 MP (abaixo da tela) + externa de 10 MP
- Bateria: 4.400 mAh