Elden Ring: Na boa, a última batalha é uma decepção
Depois de tantos bons combates, vem a desinteressante Fera Prístina
Elden Ring se destaca, principalmente, por dois aspectos: um universo rico sobre o qual podemos passar horas especulando e um sistema de combate realmente impressionante. Merecem reconhecimento, inclusive, os chefes apresentados pela FromSoftware.
Do primeiro Grande Inimigo até o penúltimo — no caso, Marika/Radagon —, Elden Ring mima os jogadores com lutas de altíssimo nível, seja pelo design impressionante das criaturas enfrentadas ou pelo desafio proporcionado.
Só é uma pena que, no último combate, jogadores sejam obrigados a derrotar um monstro gigante sem nem sequer um terço da personalidade dos chefes enfrentados anteriormente, como Malenia, Radahn e tantos outros.
Tradicionalmente, a FromSoftware costuma apresentar, no caso dos chefes, oponentes admiráveis com padrões de movimento extremamente sofisticados — nem rasos demais a ponto de se tornarem inatingíveis e nem previsíveis demais a ponto de se tornarem alvos fáceis para qualquer pessoa.
Essa riqueza na construção dos inimigos principais costuma estar em paridade com o design. Pense em Margit, por exemplo, assim como o assustador Rykard, o imponente Godfrey ou Fortissax. Todos esses adversários são visualmente impressionantes e fazem com que nossos Maculados pareçam absolutamente inofensivos.
Ao final da campanha, entretanto, nos vemos diante de uma criatura gigante qualquer — o que até faz sentido quando levamos a mitologia de Elden Ring em consideração, mas poderia muito bem ter qualquer outra aparência inspirada na Térvore e golpes menos genéricos.
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Não é como se o último chefe de Elden Ring fosse tornar a experiência mais ou menos cativante como um todo. No geral, estamos falando de um game magnífico, daqueles que entram para a história. A batalha final, no entanto, não está acima nem do combate contra o Gigante de Fogo (que parece genérico até no nome), o que acaba parecendo uma oportunidade perdida.
Bom, existe público para tudo. De qualquer forma, torço para que mais esse cuidado seja levado em consideração pela FromSoftware no desenvolvimento do próximo game da empresa. Um chefe final mais memorável tornaria o desfecho da jogatina ainda mais épico.
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