Na primeira edição do The Game Awards, em 2014, um jogo pouco conhecido, chamado Grand Theft Auto V, ou GTA V, foi o grande vencedor de uma categoria que nunca mais retornou ao evento, embora fizesse muito sentido que ela voltasse.

Cloud na recriação.

Ao longo das últimas duas décadas, não faltaram recriações e remasterizações tanto de jogos muito conhecidos e conceituados quanto de títulos menos populares. Curiosamente, entretanto, o TGA nunca trouxe de volta a categoria Melhor Remaster, em que GTA V foi o grande vencedor, lá na primeira edição.

Os demais indicados na categoria eram Halo: The Master Chief Collection, Pokémon Omega Ruby e Alpha Sapphire, The Last of Us Remastered e Tomb Raider: Definitive Edition. Embora muitos desses títulos fossem novas versões dignas do impacto dos games originais, GTA V acabou ficando acima.

Leon em um corredor escuro.

É difícil não sentir que a categoria Melhor Remaster foi criada apenas para que GTA V — um jogo, então, relativamente novo e extremamente bem sucedido — contasse com um prêmio naquela que pretendia se tornar a principal premiação de jogos da indústria. Afinal, nos anos seguintes, remasterizações e recriações só se tornaram mais populares, mas a categoria nunca voltou.

Quando versões novas de jogos clássicos são indicadas a Jogo do Ano, no TGA, não faltam espectadores que questionem o mérito de uma recriação ou remasterização ser considerada o melhor jogo lançado em um determinado ano. Afinal, mesmo nos casos em que há mudanças significativas em história e jogabilidade, é fato que existe toda uma base por trás desses títulos que remete a anos anteriores.

Protagonista de SH2 se olha no espelho.

Isso aconteceu, por exemplo, em 2019, quando Resident Evil 2 Remake esteve entre os indicados a Jogo do Ano. Depois, em 2020, quando Final Fantasy 7 Remake esteve entre os indicados. Alguns anos depois, de novo, em 2023, quando Resident Evil 4 Remake apareceu na lista de indicados.

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Com tantas remasterizações boas e ruins sendo lançadas todos os anos, é justo questionar se não vale a pena ressuscitar uma categoria dedicada exclusivamente a novas versões de games já lançados. Não que isso deva inviabilizar a indicação desses jogos em outras categorias, mas, como esses relançamentos se tornaram muito mais comuns, é justo premiar os bons exemplos. Não?


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