
Reprodução: Capcom/The Enemy.
Resident Evil: Em pleno 2022, 1º jogo ainda é uma obra de arte
Clássico da Capcom é uma prova de genialidade
Conforme o tempo passa, novos estilos de jogo se tornam mais populares do que outros. Até dentro de uma mesma franquia, como Resident Evil, da Capcom, é possível notar a transformação dos clássicos em comparação com os novos. Mesmo assim, quem decidir jogar novamente o Director's Cut do primeiro jogo no PS5 perceberá quão impressionante era o game que começou tudo.
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Seja em termos de mecânica ou visual, é evidente que esse foi um dos Resident Evil que mais envelheceram. Pouca liberdade para mirar, transições lentas entre as câmeras fixas, personagens bem tortos, cenas cinematográficas com baixíssima resolução. É fácil encontrar problemas no primeiro Resident Evil, lançado em 1996, mesmo quando se joga o Director's Cut, de 1997, disponível na PS Plus.

Ainda assim, é difícil não se impressionar quando observamos a direção de arte e o cuidado com que o jogo apresenta cada cenário para os jogadores. Mesmo que as cenas gritem que se trata de algo do passado, quando jogos 3D ainda começavam a ser viabilizados, não há como negar que os enquadramentos e a composição artística dos cenários era incrível para o período.
Jogadores que tiveram contato com Resident Evil no primeiro PlayStation em uma pequena TV de tubo precisam jogar novamente em uma televisão maior. Em um contexto contemporâneo, a precisão da divisão dos planos em cada mudança de câmera fica ainda mais evidente. A disposição dos móveis, a tensão de se movimentar em direção ao que está fora de quadro. Tudo deixa a experiência mais imersiva.

Diferente do que acontece quando podemos controlar a câmera livremente, algo muito mais agradável para a maior parte dos jogadores, câmeras fixas tornam possível que a equipe do jogo nos mostre cada canto do cenário por ângulos cuidadosamente planejados para despertar algum tipo de sensação. Somos guiados até nas sensações.
Então, por um lado, perde-se liberdade. Por outro, entretanto, ganha-se a intenção no aspecto artístico, já que o quadro dentro de que o jogador se mexe foi todo estruturado, centímetro por centímetro, para levar quem está jogando a alguma conclusão. Mesmo que seja simplesmente sentir quão aconchegante a Mansão Spencer é.

Como um saudosista dos jogos mais antigos, reviver todo o primeiro Resient Evil com equipamentos atuais tem sido um prazer imenso para mim. Como comentei em outros textos semelhantes, espero que a Capcom também disponibilize Resident Evil 2 e Resident Evil 3 por meio da PS Plus no Brasil. Até agora, fico feliz pelo que pude aproveitar.

- Lançamento
22.03.1996
- Publicadora
Capcom
- Desenvolvedora
Capcom
- Censura
16 anos
- Gênero
Terror de sobrevivência