Polêmico, o não tão amado Final Fantasy XIII até foi alvo de muitas críticas, mas ainda possui defensores que realmente se importam com esse momento não tão brilhante da Square Enix. Inclusive, se você voltar a jogar hoje em dia, talvez perceba que o game envelheceu surpreendentemente bem em muitos aspectos.

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Depois de adquirir a versão disponível no Steam, fiquei simplesmente atordoado com o fato de que aquilo era um jogo de 2009. Independentemente de quaisquer possíveis melhorias na parte gráfica — pena que não deram a mesma importância para a performance —, é chocante pensar que um jogo tão bonito tem mais de 10 anos.

Lightning em Gran Pulse à noite.
Square Enix/The Enemy.

Enquanto perambulava pelo mundo estreito, formado por corredores cheios de monstros, era comum eu parar para tirar algumas fotos ou, simplesmente, admirar determinadas paisagens antes que elas deixassem o horizonte.

Meu objetivo era terminar o jogo na menor velocidade possível, já que a lista de espera por aqui está imensa. Ainda assim, eu ficava receoso quanto ao que sentiria chegando a Gran Pulse, área em que acontece um salto de dificuldade considerável. Será que eu ainda conseguiria me divertir? Bom, logo descobri a resposta.

Paisagem de Gran Pulse.
Square Enix/The Enemy.

Talvez a sensação de euforia tenha se colocado acima do meu senso crítico, mas devo confessar que assistir novamente à cena da chegada a Gran Pulse fez com que todo e qualquer sentimento negativo meu desaparecesse de maneira definitiva. Aquilo é um espetáculo que, mesmo hoje, muitas vezes não vemos nos jogos da série.

Do momento em que Sazh e Vanille aparecem juntos enquanto a nave ainda está funcionando até o primeiro passeio livre por uma região realmente ampla em Final Fantasy XIII, é impossível não se sentir pelo menos um pouco chocado com como o jogo muda (para melhor) de forma tão abrupta.

Vanille feliz.
Square Enix/The Enemy.

As batalhas da dungeon anterior à chegada a Gran Pulse são, no mínimo, difíceis de engolir. Repetições de corredores idênticos, monstros sem graça, teto fechado; tudo que antecede a batalha contra Raines tende a ser um pouco frustrante.

Contudo, a chegada a Gran Pulse quebra aquela realidade em que estávamos inseridos da melhor maneira possível. Jogadores finalmente descobrem o que é o mundo do qual tantas pessoas em Cocoon tem medo. Não se trata de um inferno ou algo do tipo. É simplesmente... Natureza, na forma mais intocada possível.

Fang e Lightning chegando a Gran Pulse.
Square Enix/The Enemy.

Essa inversão em relação ao que o jogador poderia esperar, o fato de que, finalmente, podemos andar livremente por grandes planícies, a descoberta de missões secundárias (não tão incríveis) e monstros gigantes incomparáveis com os vistos anteriormente. Tudo na chegada a Gran Pulse, por mais tarde que apareça, traz uma sensação maravilhosa.

É, sem dúvida alguma, meu segundo momento favorito do jogo. O primeiro lugar fica para o beijo do casal mais sem graça do game: Snow e Serah. Por mais que seja uma cena brega, a iluminação e a música me quebram. Sério.

Grupo de Final Fantasy XIII reunido.
Square Enix/The Enemy.

Fico feliz por ter decidido dar uma nova chance para Final Fantasy XIII após tantos anos. Inclusive, recomendo que você faça o mesmo, se tiver a oportunidade.