
Final Fantasy 8: Você pode nunca ter encontrado o vilarejo mais especial do mapa
Shumi são as criaturas mais simpáticas de todo o oitavo jogo, com certeza
Assim como em quase todos os jogos da franquia, Final Fantasy 8, clássico da SquareSoft (hoje, Square Enix), permite que jogadores explorem o mundo livremente a partir de um determinado momento da campanha.
Existe uma área do mapa que é totalmente coberta pela neve. Inclusive, é nessa região que um vilarejo particularmente especial de Final Fantasy 8 pode ser encontrado: o Shumi Village, lar das criaturas conhecidas como Shumi.
Conhecendo Shumi Village

Localizado a 323 metros de profundidade, o vilarejo Shumi é completamente diferente das cidades encontradas na superfície. Há pouquíssimo contato entre os Shumi e outras pessoas espalhadas pelo mundo de Final Fantasy 8, inclusive.
Quando jogadores são apresentados a essas criaturas simpáticas, logo se percebe que há algo de misterioso no ar. De acordo com o líder dos Shumi, chamado apenas de Ancião, a espécie dele funciona de uma maneira muito específica.
De forma geral, os Shumi nascem predestinados a um de dois caminhos possíveis: eles podem tanto se tornar aquilo que carregam no coração quanto assumir a forma de um Moomba — aquelas pequenas criaturas peludas que parecem leões em miniatura.
Os Shumi e o choque cultural

Ninguém entende os Shumi quando os conhece. Independentemente de quem estiver acompanhando Squall neste trecho da campanha, todos parecerão completamente ignorantes em relação à existência e ao modo de vida Shumi.
Por mais que quase todo o mundo da superfície esteja em guerra, os Shumi nunca demonstram grandes ambições ou mesmo parecem interessados na política externa. Eles existem apenas para quem cumpram os próprios propósitos.
É quase como se todos vivessem como sempre quiseram. Escultor é um Shumi que quer apenas esculpir. Artesão é um Shumi que quer apenas criar. Ancião é o líder, que existe somente para liderar. Não existe conflito nem ganância. Todos encontram os próprios papéis e os desempenham, de forma que um possa beneficiar o outro.
Distantes da superfície, Squall e os demais parecem constantemente incomodados com aquele modo de viver em que é tudo tão mais simples e entediante. Aliás, é justamente quando eles se despedem do Ancião que toda essa estranheza atinge o limite... E passa, porque Squall os entende.
Um presente incomum

Nas conversas entre o Ancião e os personagens dos jogadores, o líder dos Shumi está sempre com as palmas das mãos viradas para baixo, longe da visão do jogador. A princípio, parece que essa é a postura dele, simplesmente.
Depois de cumprir uma série de tarefas bem simples, Squall e os demais voltam até o Ancião para que recebam uma recompensa. O líder dos Shumi queria presenteá-los com algo desde o início, mas, na visão dos Shumi, é importante que todos trabalhem para receber algo em retorno.
Quando chega a hora de receber esse presente especial, Squall e os demais se colocam diante do Ancião e esperam. O líder Shumi, então, ergue o braço e lhes mostra a palma da mão direita. Esse é o presente — e, de brinde, Squall também ganha uma pena de Fênix.
Laguna e os Shumi

Antes da chegada de Squall e dos demais ao vilarejo Shumi, Laguna havia sido resgatado pela população local após se machucar bastante. Amistoso como sempre, ele logo se tornou uma referência para os habitantes do vilarejo.
Na busca por entender o que havia de especial em Laguna, os Shumi decidiram erguer uma estátua em homenagem ao antigo companheiro. Por meio dessa escultura, eles esperavam aprender mais sobre a pessoa representada.
LEIA MAIS
- Final Fantasy 8 tem uma das cenas mais incríveis do PS1
- Final Fantasy e Dragon Quest salvaram o PlayStation, diz Yoshida
- Final Fantasy: 5 músicas que todos os fãs precisam ouvir
Quando os Shumi descobrem que Squall e os outros personagens conhecem Laguna, logo na chegada do grupo ao vilarejo, eles imediatamente decidem tratá-los com cortesia.
Mais tarde, nas palavras do próprio Ancião, é dito que aquele grupo estava predestinado a algo inominável — e, por esse motivo, ele não queria presentear aquelas pessoas com algo material, mas, sim, com um momento de paz.
Mostrar a palma da mão não era um hábito sagrado dos Shumi ou algo do tipo. Era somente uma charada.
O Ancião queria, simplesmente, que os personagens principais pudessem, pelos menos nesta ocasião, refletir sobre algo mais simples do que a guerra; ele queria que eles descansassem como não podem no mundo da superfície e se sentissem em paz no tempo que passaram ao lado dos Shumi.
Hey, listen! Venha se inscrever no canal do The Enemy no YouTube. Siga também na Twitch, Twitter, Facebook e TikTok.
Aliás, somos parceiros do BIG Festival, o principal evento de jogos da América Latina, que aproxima o público com o desenvolvedor de jogos. Vem saber mais!