Em uma estreita estrada cercada por sabe-se lá quantas árvores, sigo na direção em que dois potenciais aliados dizem, pelo rádio, que devo ir. O caminho é marcado por imprevisíveis fontes de luz potencialmente perigosas. Quando chego ao abrigo, finalmente, sinto um pouco de segurança, mas a jornada que me espera ao deixar a oficina não parece tão fácil. Me preparo e, então, continuo as missões de Pacific Drive.

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Desenvolvido pelo Ironwood Studios e distribuído pela Kepler Interactive, Pacific Drive chega ao PS5 e aos PCs somente em 22 de fevereiro, mas o The Enemy pôde jogar uma demo antecipadamente em que foi possível testar algumas mecânicas de jogo e entender mais por trás do conceito desse universo peculiar.

Floresta de Pacific Drive.

Marcado pela sensação de solidão e, em determinados momentos, de insegurança, Pacific Drive não é tão pacífico quanto o título pode indicar. Ao mesmo tempo, é fato, sim, que há muitos momentos nos quais não há grandes perigos por perto, não; há apenas a paisagem do noroeste norte-americano, mais esverdeada do que outros pontos dos Estados Unidos e do Canadá.

O cenário, por si só, não é assustador. Pacific Drive não é, afinal, um jogo de terror, especificamente. A experiência se aproxima mais do que se vê em jogos de sobrevivência nos quais é necessário criar itens e coletar recursos.

Vista do interior do carro.

A principal maneira de se locomover pelo mapa é um carro velho que jogadores recebem ainda no início do game. Esse carro, que pode ser modificado de diferentes maneiras, desde trocar portas até, simplesmente, pintar, é o melhor amigo do personagem principal, cujos olhos nos são emprestados para que possamos observar e sentir aquele mundo de perto.

Um aspecto que diferencia Pacific Drive de tantos outros jogos de sobrevivência ou mesmo jogos com carros é o fato de que todos os pequenos detalhes envolvidos na condução do veículo são importantes. Em uma ocasião, por exemplo, saí do carro sem puxar o freio de mão e ele começou a descer uma pequena rua sozinho.

Uma tarde em Pacific Drive.

Embora exista uma notável preocupação com tornar a mobilidade mais complexa do que simplesmente entrar e sair do carro como você quiser, não se trata de um sistema que possa ser comparado a jogos de simulação de direção mesmo.

É bem fácil se acostumar com pequenas coisas, como ligar o limpador de para-brisas ou acender os faróis manualmente — e saber que isso e outros aspectos exigem ações manuais torna os momentos mais tensos bem mais intimidadores.

Ferro velho de Pacific Drive.

Enquanto exploram os cenários solitários e frios de Pacific Drive, jogadores podem realizar tanto atividades relacionadas à história quando algumas jornadas paralelas de coleta de recursos. Não espere tanta liberdade ao longo da experiência, embora os cenários pareçam vastos e nos convidem a explorar tanto quanto possível.

Fãs de experiências minimalistas, em que a verdadeira história de um lugar é contada de maneira conforme exploramos (Everybody's Gone to the Rapture, por exemplo) tendem a gostar bastante de Pacific Drive, embora a quantidade de menus e pontos a se tomar cuidado no que diz respeito aos carros seja um tanto chocante.

Pacific Drive parece, sim, um jogo com potencial para os fãs de jogos independentes de escala semelhante. O maior desafio do game, no lançamento, será tornar a experiência mais diversificada do que parece a princípio.


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