Terra Invicta é um projeto um tanto diferente do que você esperaria das pessoas que criaram The Long War - mesmo que, de certa forma, não estejam fugindo de seu estilo.
XCOM: The Long War talvez seja um dos melhores e mais aclamados mods de jogo de todos os tempos, pegando a fórmula do que já era um game desafiador e o aprofundando com novas mecânicas e sistemas.
Tanto que, quando XCOM 2 chegou, The Long War 2 recebeu suporte oficial da própria Firaxis, e novamente expandiu ainda mais o escopo e desafio do jogo.
E agora, este pessoal abriu seu próprio estúdio, o Pavonis Interactive - com um primeiro jogo com escala significativamente maior do que seus projetos anteriores. E o The Enemy teve a chance de vê-lo mais de perto.
Ao invés de combates entre soldados e gerenciamento de bases, Terra Invicta é um jogo "grand strategy" em escala interplanetária, com diferentes facções e vários elementos e sistemas interconectados que envolvem uma invasão alienígena que está por vir.
Mas, e isso é importante ressaltar: você pode escolher como lidar com a ameaça - e até quem é a verdadeira ameaça.
Após uma sonda alienígena ser encontrada na Terra, diversos grupos transnacionais com diferentes ideologias? Algumas querem se defender (e até exterminar) os alienígenas; outros cooperar (e até ser subservientes) aos novos visitantes; ou, como um capitalista desalmado, você pode simplesmente querer ganhar o máximo de dinheiro com a situação.
E tal qual Alpha Centauri, o clássico jogo de estratégia dos anos 1990, cada uma destas facções tem um líder representativo, vindo de alguma parte do mundo, e com sua própria perspectiva.
Alguns destes grupos podem se tolerar, enquanto outros são tão ideologicamente opostos que não podem ser nada além de inimigos.
No âmbito da Terra, o jogador pode recrutar diferentes figuras políticas, científicas, militares e do mundo do entretenimento para sua facção, sendo possível mandá-los como embaixadores em missões para convencer países e líderes a juntarem-se à sua causa.
É claro, dependendo de quem você tiver ao seu lado, certas avenidas estarão abertas ou fechadas para você: caso tenha os EUA ou o Reino Unido, seu poder bélico é bem maior do que outros países no mundo; por outro lado, ainda é possível formar alianças por meio de diplomacia, espionagem, e até derrubando governos e colocando alguém mais do seu agrado no lugar - embora, naturalmente, a população do país talvez não fique feliz com isso.
Mas a Terra é apenas uma parte no grande tabuleiro de xadrez que compõe Terra Invicta, já que o verdadeiro campo de batalha encontra-se muito longe de nosso planeta.
Com os recursos a seu dispor, o jogador pode construir estações espaciais, portos e minerar asteroides que estejam sob seu controle para, nas palavras do diretor John Lumpkin, "industrializar e militarizar o espaço" contra os alienígenas (ou os humanos que não se submeterem aos seus novos soberanos, dependendo do caso).
Batalhas espaciais também são importantes para o controle e expansão dos objetivos do jogador, e Lumpkin reforçou no teste que houve muito trabalho e pensamento para deixar o combate o mais "newtoniano" possível, com jogadores podendo programar, expandir e modificar a movimentação de suas naves da forma mais realista e "física" possível.
Certamente há muitos sistemas e elementos envolvidos em Terra Invicta, e ainda não posso dizer o quanto um jogador pode ou não se perder em determinadas coisas ao ponto de arruinar sua campanha, mas a ideia de um jogo com um sistema ideológico tal qual Alpha Centauri, mas quanto a invasões alienígenas, me interessa profundamente.
Não só isso, graças ao sucesso da campanha no Kickstarter, há cenários em potencial bem curiosos para sessões de jogatina alternativas, incluindo uma versão em que a sonda alienígena caiu na Terra em plena Guerra Fria, ou em um estágio mais avançado da exploração espacial humana.
Terra Invicta está previsto para chegar ao PC ainda em 2021.