Ao pesquisar sobre Alliance of the Sacred Suns antes de ver uma prévia especial a convite da publisher Hooded Horse, especialmente após ver o trailer acima, não pude deixar de fazer paralelos com os livros de Duna, por envolver Grandes Casas e um Império intergaláctico - e isso só se reforçou ao ver o jogo em ação.
Desenvolvido pelo pequeno estúdio KatHawk Games, localizado em Dallas, nos EUA, Alliance of the Sacred Suns é um jogo de estratégia por turnos em que você toma a liderança de um Império enfraquecido em um recanto da galáxia.
Por meio de suas decisões, o jogador pode fazer com que seu território prospere e se expanda ou entre em colapso - seja reinando de forma conciliadora ou abraçando sua tirania.
Vários fatores são importantes para que seu Império se mantenha de pé, de exploração de recursos a desenvolvimento de territórios e expansão territorial. O aspecto mais chamativo, porém, é o elemento de politicagem, já que neste sistema neofeudal é preciso lidar com as Grandes Casas que lhe oferecem vassalagem.
As decisões do jogador poderão agradar certos clãs e alienar outros, o que pode ser um problema já que certas Casas podem ser, a sua maneira, tão ou mais poderosos do que o próprio Imperador/Imperatriz, tendo controle de certos recursos e forças.
Sendo assim, é necessário um equilíbrio ou uma estratégia mais audaciosa para o caso de manter o controle de seu Império e não virar um fantoche para os interesses da aristocracia.
E é aí que o cérebro do fã de Duna dispara: o jogo pode não ter a especiaria Mélange, Bene Gesserit ou vermes de areia (até onde eu sei), mas há certamente o potencial de uma figura semelhante a um Leto Atreides ou um Barão Harkonnen em seu Conselho.
(Se você quiser fazer outra comparação, há certamente os aspectos de politicagem de As Crônicas de Gelo e Fogo/Game of Thrones... mas eu prefiro minha comparação com Duna).
Ah, e importante notar: ao contrário de jogos como Crusader Kings, em que você controla uma linhagem, a campanha acaba quando seu personagem morre. É possível estender sua vida de formas... questionáveis.
O que, naturalmente, torna a perspectiva de talvez jogar tudo pro alto e se entregar ao hedonismo bem possível - certamente causando horror e destruição mais pra frente.
Cada decisão e mudança na sua reputação também ajuda o jogador a guiar a árvore de habilidades e personalidade de seu Imperador ou Imperatriz, ganhando bônus ou expandindo seu leque de opções para cada turno - e neste jogo, cada decisão conta.
Após ver o gameplay em ação, fica bem claro que Alliance of the Sacred Suns conta com muitos sistemas diferentes, e inicialmente pode dar um nó na cabeça das pessoas.
(E olha que poderiam ter ainda mais coisas, já que o designer principal do game, Steve Hawkins, disse que havia até um sistema de casas menores que poderiam ser promovidas a Grandes Casas, mas acabou sendo abandonado)
Mas, muito da diversão de jogos como Crusader Kings está nas situações que surgem ao tentar (e muitas vezes falhar) em entender as diferentes mecânicas e interpretar as diferentes situações que aparecem via menus ou prompts.
Por isso, fico curioso para ver como o jogo se sairá quando estiver lançado e tiver a chance de testá-lo diretamente.
Alliance of the Sacred Suns está previsto para chegar ao PC até o fim de 2021.