E3 2016 | Jogamos: The Last Guardian é uma jornada instigante e contemplativa
Há sete anos em desenvolvimento, título finalmente esteve disponível para testes na E3
Em desenvolvimento desde 2009, o aguardado The Last Guardian, game dos criadores de ICO e Shadow of the Colossus, enfim pôde ser jogado na E3 2016.
A demonstração disponibilizada mostra os primeiros 40 minutos da aventura. Neles, um garoto desperta no interior de uma ruína misteriosa. No seu corpo, estranhas marcas tatuadas. Ele não sabe como foi parar ali e, para piorar sua situação, ao seu lado está um arisco dragão emplumado.
Esse início funciona como um tutorial, com movimentos aparecendo na tela e um vozeirão narrando a saga em japonês - o garoto envelhecido, relembrando sua provação na infância.
A jogabilidade é simples. Você pode correr, saltar, agarrar-se e pegar itens inicialmente. Ao analisar o ambiente, fica claro que o majestoso dragão precisa de ajuda. Em seu corpo, estão fincadas duas lanças e ele está recoberto pelos restos ancestrais de uma armadura. A primeira lança foi alcançada com facilidade, pois estava nas patas traseiras.
A segunda era impossível de retirar pois a criatura, em dor, atacava o garoto. Resolvi alimentá-la - e aos poucos ela pareceu mais calma, enfim permitindo que me aproximasse para retirar a lança no dorso. Depois, remover a armadura exigiu que eu subisse pela primeira vez no pescoço da criatura - que enfim estava livre e afeiçoada ao menino.
Com uma movimentação meio trôpega, que lembra a de Shadow of the Colossus, The Last Guardian tem uma câmera um tanto truncada, que frequentemente trava em algum canto, dificultando a visão. No entanto, os quebra-cabeças sucessivos e inteligentes, que envolvem o uso de Trico, o dragão, são instigantes, assim como a história e a bela direção de arte. A narrativa tranquila e poética exalta os mistérios do local, criando o desejo de seguir adiante para entender o que houve e devolver o menino à sua aldeia.
Aos poucos, novas mecânicas são introduzidas - como o disco de metal que enfurece Trico, fazendo com que ele dispare um relâmpago de sua cauda, e o chamado do menino, que atrai o dragão.
Os primeiros 40 minutos provam que o game de Fumito Ueda será uma jornada contemplativa e que deve ser desfrutada sem pressa. Ao correr com o jogo você perde alguns de seus melhores momentos, como a maneira como Trico brinca com a comida, como um animal doméstico, por exemplo. Observá-lo é parte da diversão e a conexão entre os dois, a essência da aventura exploratória.
The Last Guardian sairá para o PlayStation 4 em 25 de outubro.
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