Honda não empolgou como na estreia, mas deu um novo ar para FURIA em sua reestreia pela equipe de Counter-Strike: Global Offensive (CS:GO). O jogador voltou a titularidade após cerca de cinco meses no banco de reserva, enquanto junior ocupava a vaga. Foi recentemente que o próprio norte-americano pediu para ser sacado da equipe principal, dando uma nova chance ao jovem brasileiro.

O retorno de Honda aconteceu no primeiro compromisso da FURIA pelo Gamers Without Borders. A competição trata-se de um evento beneficente de US$ 1,5 milhão - cerca de R$ 7,5 milhões -, os quais serão doados ao combate da Covid-19, para quem mais precisa.

Nuke

A série que marcou a reestreia de Honda foi diante da Dignitas e o primeiro mapa foi a Nuke. Por lá, o menino de 20 anos fez um lado de contra-terrorista OK, com um frag de 10/10, no apertado 8 a 7 a favor dos furiosos. O mais importante foi a segurança que ele deu para o bombsite A, sempre matando o dele ou vingando o companheiro, enquanto suas mortes foram mais tentando oferecer retomadas complicadas de bombsite.

No segundo half a FURIA começou bem, mas sofreu uma queda imensa durante sete rodadas quase consecutivas. O jogo foi duríssimo até o fim, mas os brasileiros conseguiram levar a melhor na prorrogação, 19 a 17, com yuurih sendo o nome do jogo em um frag respeitável de 38/23.

Inferno

O segundo mapa do confronto contra Dignitas foi a Inferno. Nele, Honda jogou mais separado do time e foi menos acionado. O trabalho do jogador foi mais sobre coletar informações e cortar rotações e, no caso das informações, a função deu certo. Porém, o jogador não conseguiu fazer um bom trabalho de kills inicialmente e chegou a ficar 1/8. Quando foi chamado mais pra junto da equipe, ele voltou a capitalizar abates e a FURIA terminou a metade na frente em 11 a 4 como terrorista.

Na virada de lados, apesar de tentar resistir, a FURIA ainda mostrou superioridade para controlar o placar e sempre se manter bem a frente. Desta vez, foi o trio VINI, Kscerato e yuurih que desequilibraram o duelo e cravaram 16 a 9 a favor do Brasil na Inferno.

O saldo

A maneira como yuurih jogou mais confiante, solto e ligado nos lances não chega a ser uma surpresa. A verdade é que a FURIA inteira estava muito mais atenta em lances mais rápidos e críticos. Falando de fora, não vejo outro motivo para isso senão o efeito da comunicação em Português do Brasil. Pensar, falar e entender na sua língua materna ao invés de uma que você ainda não domina completamente, mudar completamente a forma como os jogadores encaram o jogo e jogam.

Este efeito provavelmente seria o mesmo com qualquer outro jogador brasileiro, mas também não deixa de ser algo proporcionado com a entrada do Honda.

Como dito anteriormente, Honda não acelerou e empolgou como na estreia. Até porque, seria quase impossível repetir o que foi feito naquele histórico jogo. Ainda assim, ficou claro como a FURIA voltar a jogar como um quinteto 100% brasileiro e ter apenas um AWP no elenco surtiu um efeito imediato.

Não sabemos como seria a longo prazo com junior. Talvez o time se acostumasse e encaixasse melhor o jogo com ele. Mas a curto prazo, fica claro que o caminho é usar honda, que ainda pode contribuir muito mais que hoje com mais tempo de treinamento junto dos companheiros.