BIG Festival 2023: Ecossistemas de jogos ao redor do mundo
Um debate entre profissionais do Brasil, da Alemanha e de mais países
Em uma palestra do BIG Festival 2023, que ocorreu no início da tarde desta quinta-feira (29), profissionais da indústria de diferentes partes do mundo se reuniram para falar sobre a formação dos ecossistemas de jogos em diferentes países.
Fizeram parte do debate:
- Pedro Zambon (SP Game Start, Brasil)
- Hugo Obi (Maliyo Games, Nigéria)
- Jason Della Rocca (Execution Labs, Canadá)
- Jeferson Valadares (Fortis Games, Portugal)
- Lars Janssen (German Games Industry Association, Alemanha)
- Ricardo Flores (Nine66, Portugal)

De acordo com Janssen, que foi o primeiro a falar após uma pergunta inicial de Zambon sobre como o Brasil pode aprender com a experiência de empresas estrangeiras, um caminho encontrado pela Alemanha para aumentar a própria competitividade no cenário dos games foi criar competições entre diferentes estados que compõem o país.
Della Rocca estendeu o comentário e falou sobre alinhar expectativas, no sentido de que tanto os estúdios quanto o próprio governo, nos casos em que existe algum tipo de incentivo, precisam concordar a respeito do que é sucesso. Nas palavras dele, para o responsável pela economia, sucesso significa mais empregos, por exemplo.
Hugo Obi prosseguiu dizendo que é importante saber adaptar estratégias à maturidade do mercado. É necessário saber o nível médio dos estúdios para adaptar estratégias à realidade concreta em vez de mirar alto demais ou mesmo subestimar as capacidades da indústria local.
Ricardo Flores ressaltou a importância de não copiar, simplesmente, o que outros países estão fazendo, já que pode levar a resultados totalmente diferentes. Idealmente, é importante que o governo ajude tanto financeiramente quanto na obtenção de conhecimento (convidando pessoas de outros países, por exemplo, ou levando os próprios cidadãos a outros países com o objetivo de trazer conhecimento).
O segundo tópico de discussão foi, justamente, a formação de profissionais prontos para a indústria de jogos. Tão importante quanto a educação formal tradicional, de acordo com Jeferson Valadares, é saber valorizar os sucessos em países com indústrias menores. Quanto mais conhecido for o sucesso de diferentes empresas, mais estúdios surgirão, o que leva ao crescimento do ecossistema de jogos.
Na sequência, Janssen falou sobre como a construção de talento não precisa ser localizada. O mundo está mais conectado, portanto, nas palavras dele, é importante aproveitar bons profissionais de diferentes países e contar com equipes que sejam multiculturais.
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