Zelda: 4 coisas que Tears of the Kingdom pode fazer melhor do que BOTW

História, armas quebráveis, dungeons e mais

Por Helena Nogueira 05.05.2023 19H30

The Legend of Zelda: Tears of the Kingdom enfim está próximo. A sequência de Breath of the Wild tem a proposta de repaginar a Hyrule do jogo anterior, trazendo exploração de cavernas, ilhas flutuantes e adicionar novas formas de interagir com o mundo. 

Desta vez, Zelda e Link terão que enfrentar um Ganondorf renascido, o qual comanda seus exércitos para aniquilar o reino de uma vez por todas. A história do game, como prometeu o produtor Eiji Aonuma, será “mais sombria do que Majora’s Mask”.

Com menos de uma semana separando os jogadores do aguardado game de Switch, o The Enemy propõe quatro elementos de Breath of the Wild que podem ser aprimorados em Tears of the Kingdom. 

Reprodução: Nintendo

História

A narrativa, de fato, nunca foi um dos pontos mais fortes da franquia Zelda – apesar das ótimas exceções, como Ocarina of TimeTwilight Princess e o próprio Majora’s Mask. Contudo, para um jogo cuja proposta é ressignificar o que é Zelda, a história de Breath of the Wild parece estacionada no tempo. 

Diante do grande atrativo do game, o brilhante mundo aberto que serve de playground para a criatividade do jogador, a jornada de resgate da Zelda fica como pano de fundo. A narrativa se desenvolve na forma de flashbacks, que correspondem às memórias que Link recupera dos acontecimentos de 100 anos atrás. 

Reprodução: Nintendo

Por mais carismáticos e cheios de personalidade que sejam os Campeões, não chegamos a, de fato, conhecê-los – nem mesmo no DLC The Champion’s Ballad, que adiciona ainda mais flashbacks. 

Sendo assim, mesmo o sacrifício dos guerreiros da Princesa para salvar o reino parece ter menos peso devido ao distanciamento do jogador em relação aos acontecimentos. 

No fim, a narrativa do brilhante game parece diminuta, deixando a desejar por se resumir a, pura e simplesmente, salvar a Princesa – o mesmo propósito do primeiríssimo game, de 1986. Desta forma, tendo o robusto legado proporcionado por seu antecessor, Tears of the Kingdom tem uma base sólida o suficiente para construir uma narrativa mais expansiva e complexa. 

Reprodução: Nintendo

Dungeons

Outra ausência notável de Breath of the Wild são as dungeons. Claro, a proposta do game é ressignificar os elementos principais da franquia Zelda, e a clássica fórmula de exploração “mundo aberto - dungeon - mundo aberto” é uma delas. 

Sendo assim, a ausência das masmorras no jogo de Switch não apenas é justificada, como satisfatória no que tange às Sheikah Shrines. As mini-dungeons espalhadas por Hyrule trazem puzzles e desafios de batalha divertidos e recompensadores, sendo a principal forma dos jogadores adquirem novas armas e equipamentos.

Reprodução: Nintendo

Porém, o jogo também escolheu oferecer dungeons mais robustas: as Divine Beats dos quatro campeões. Essas, além de carecerem de desafio, parecem repetitivas e um tanto vazias de identidade, visto que todas possuem o mesmo aspecto visual. 

Não só isso, como as quatro Divine Beasts terminam com uma batalha contra um Blight Ganon. É exato mesmo chefão nos quatro encontros, com a diferença que cada variação controla um elemento diferente, seja água, raio, ar ou fogo. 

Caso dungeons retornem em Tears of the Kingdom, seria mais interessante ver propostas com maior personalidade e supresas – ainda mais diante do fato que a franquia Zelda possui um repertório notável de dungeons.

Reprodução: Nintendo

Armas quebráveis

Outra mudança que foi motivo de frustração para os jogadores foi a implementação de durabilidade às armas. Até mesmo a lendária Master Sword está suscetível à quebra em Breath of the Wild, e a frequência com que armamentos comuns se partem no game irritaram muita gente. 

Esse elemento proporciona, sim, um novo nível de desafio para o jogador, que precisa se planejar bem em relação a qual arma, escudo ou arco usar em cada encontro.

Reprodução: Nintendo

Até aí tudo bem, mas o problema está no fato que o game não oferece qualquer forma de aprimorar equipamentos ou sequer repará-los, tornando a tarefa de manter seu arsenal de armas suficientemente equipado um tanto quanto tediosa. 

Ao menos, já sabemos que esse aspecto será abordado por Tears of the Kingdom na forma da nova habilidade Fuse, que permite fundir objetos e itens aos armamentos. 

Dessa forma, espadas e lanças não apenas se tornam mais duráveis, como também causam mais dano. É uma forma bastante criativa e única de proporcionar um sistema de “crafting” que teve ausência notável em Breath of the Wild. 

Reprodução: Nintendo

Princesa Zelda

Por fim, o último aspecto que merece revisão para o novo game é o papel da Princesa Zelda na trama. Como o enredo de Breath of the Wild volta às raízes da série, a garota que representa a reencarnação da deusa Hylia é reduzida à função de ser resgatada pelo jogador. 

É importante pontuar que, sim, a Zelda de Breath of the Wild possui traços de personalidade bastante interessantes. A Princesa dessa era é exploradora e pesquisadora, estando à frente das escavações que levaram ao descobrimento das Divine Beasts.

Não só isso, como essa versão de Zelda tem acesso surpreendente ao poder da Triforce da Sabedoria que carrega. Sozinha, ela é capaz de conter a Calamidade de Ganon por nada mais do que cem anos. 

Contudo, não chegamos a ver a Princesa realizando esses feitos fascinantes, apenas ouvimos falar deles em diálogos. Quando a protagonista está em tela, na verdade, vemos apenas uma parte de sua personalidade, aquela que se mostra frustrada e sensibilizada por sua incapacidade de despertar o poder da deusa em si.

Reprodução: Nintendo

Os trailers de Tears of the Kingdom mostram que Zelda não apenas cai no abismo em direção de sua possível morte, como pede novamente para que Link a encontre. 

Ainda sim, há esse ponto sabemos pouco do enredo do game, então podemos apenas desejar que a Nintendo garanta uma jornada mais interessante para a Princesa – o sonho ainda é poder jogar com a personagem, mas quem sabe um dia. 

LEIA MAIS

The Legend of Zelda: Tears of the Kingdom chega em 12 de maio exclusivamente para Nintendo Switch. 


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Reprodução: Nintendo