O clássico nascido do casamento inusitado entre Nintendo e Square Enix está de volta: o Remake de Super Mario RPG chega ao Switch com polimento gráfico e sonoro charmoso e adições de qualidade de vida com foco em combate. 

A convite da Nintendo, o The Enemy participou de uma apresentação hands-off do game e, por mais que as novidades agradem os olhos, pelo visto, os fãs de longa data ficarão desejando mais desafios. 

Repaginada

A sessão de prévia contou com aproximadamente 30 minutos de gameplay ambientados na capital do Reino do Cogumelo e em Moleville. A esmagadora maioria da apresentação, porém, se passa na área cavernosa habitada pelas toupeiras, onde reside o terceiro pedaço de estrela. 

À primeira vista, a experiência base é exatamente a mesma, com exceção de uma porção de adicionais que repaginam a aventura e que saltam aos olhos de imediato: Há maior liberdade de movimentação pelos mapas e cenários, novos indicadores e menus rápidos em tela para auxiliar o jogador e, principalmente, ajustes de combate. 

Tudo isso é envelopado com uma identidade gráfica adorável e, ao mesmo tempo, deslumbrante, encanto que é realçado pelas faixas reorquestradas com a supervisão da incrível Yoko Shimomura. 

O trabalho nas faixas modernas está belíssimo, ao ponto de – apesar de ser possível alternar para a trilha sonora clássica a qualquer momento no menu –, parecer a melhor escolha para aqueles que estão revisitando a aventura.

Mudanças no combate 

O combate, de fato, foi a seção do jogo que mais recebeu a atenção do desenvolvimento. Agora, a tela de batalha é composta por um medidor em porcentagem no canto inferior esquerdo, o qual é carregado conforme o time de protagonista derrota inimigos. 

Quando carregado, o medidor ativa um ataque triplo especial, que é iniciado com uma rápida cutscene. Notou-se, inclusive, que o medidor demorou um tempo expressivo para carregar inteiramente, sendo aplicado apenas ao final da apresentação. 

Na apresentação, vimos Mario, Geno e Mallow subindo aos céus e atravessando um arco-íris, para depois aplicar um golpe obliterador nos adversários. É de se perguntar, dessa forma, quais as diferentes combinações de ataque disponíveis no game de acordo com as combinações de equipe. 

Outra mudança que visa facilitar o combate é a adição de um ponto de exclamação como indicador visual de comandos de ação perfeitos. Seja no caso de ataque ou defesa, apertar o botão de comando no momento certo ativa um novo efeito que resulta em dano a todos os adversários – sendo assim, o ponto de exclamação serve para indicar se o comando foi apertado no momento exato. 

Comandos perfeitos também se acumulam no novo efeito de ataque em cadeia, que é mostrado no lado esquerdo da tela. Caso não seja interrompida, a sequência em cadeia ativa diferentes buffs e bônus de status, garantindo vantagem na batalha. 

Mais um elemento que se soma a uma batalha mais “visual” e de melhor leitura é o fato que o HP, fraquezas e pensamentos do inimigos são mostrados em um menu acionado pela habilidade Though Peak (antes Psychopath). A mudança de nome, de acordo com um membro da Nintendo TreeHouse, se deve ao fato que o remake tentou trazer alguns termos o mais próximo possível do original em japonês. 

Adições de qualidade de vida e de história

Fora o combate, também há uma seleção de adições de qualidade de vida adicionadas no restante da experiência. Um bom exemplo é o menu rápido acionado a qualquer momento ao apertar Y, com o qual é possível remanejar ataques e itens para cada membros da equipe. 

Há diferentes modos de controle e dificuldade. Para os controles, além do esquema clássico (identificado como “B”), foi adicionado o tipo “A”, criado para o remake com o intuito de requerir menos aperto de botões. 

O menu, no geral, oferece uma experiência mais acessível aos jogadores. É no menu que ficam, além disso, os poucos conteúdos de história inéditos do Remake. 

Por exemplo, foi incorporado o “álbum de recortes” que resume a história até aquele momento do jogo – e um detalhe charmoso é que as anotações são atualizadas com as opiniões dos demais protagonistas conforme se unem à equipe. 

Outra seção que promete conter bastante lore é a listagem de monstros encontrados. Além de dados como HP e fraquezas, o menu traz descrições inéditas de cada adversário – o que oferecerá novo vislumbre do mundo de Super Mario RPG. 

Decepções

No fim da apresentação, a sensação é que as adições de qualidade de vida são poucas, mas substanciais, favorecendo uma experiência menos desgastante. Porém, as novidades não parecem suficientes para tornar este um remake digno do clássico que é Super Mario RPG. 

Isso porque alguns dos maiores desejos dos jogadores em relação ao clássico parecem não ter sido correspondidos – o maior deles, notadamente, a ausência de dificuldade. 

Em relação a outros RPGs da época, a empreitada da Nintendo já era considerada pouco desafiadora, ainda mais considerando diversas jogatinas. Para o remake, como confirmado ao The Enemy na apresentação, não há a adição de modo de dificuldade difícil – o que, somado aos novos facilitadores de combate, soa frustrante aos jogadores do clássico.

O remake possui, sim, um novo modo de dificuldade: “Breezy”, modo fácil que garante comandos perfeitos automaticamente e aumenta o espaço de armazenamento de itens – outro pedido frequente em relação ao original que pelo visto ficará restrito ao modo. 

A Nintendo destaca que os veteranos serão desafiados pelo “boss rush” desbloqueado no final do jogo, que trará os chefões com ataques repaginados e de danos expressivos. Também resta verificar se o game foi rebalanceado para nerfar e buffar certos personagens, mas isso só poderá ser comprovado em data futura. 

Na apresentação, também foi confirmado que o remake não terá novas localizações e cenas de história. Somadas, essas decepções apontam para uma experiência que deixará os jogadores do clássico com algo a desejar, mas resta verificar o saldo final com a disponibilização do jogo. 

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O Remake de Super Mario RPG chega para Nintendo Switch em 17 de novembro.

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