Black Myth: Wukong vende 18 milhões de unidades e reconfirma DLC
Jogo da Game Science é o quarto maior em faturamento inicial, tendo feito US$ 800 milhões em 3 dias de lançamento
Chegamos em setembro, e quem está feliz neste começo de mês é o estúdio Game Science, responsável pelo sucesso Black Myth: Wukong. O jogo, que segue o gênero soulslike em meio a um enredo inteiramente baseado no folclore chinês, está celebrando a marca de 18 milhões de unidades vendidas, segundo a empresa confirmou à Bloomberg.
O número dá indícios fortes de crescimento continuado, haja vista que, há um mês, o mesmo título comemorou 10 milhões de cópias comercializadas – isso por si já era um marco bem notável, que colocou Black Myth: Wukong no quarto lugar do ranking de jogos que mais venderam no primeiro mês de lançamento, com faturamento de US$ 800 milhões: acima dele, só tem Hogwarts Legacy (US$ 800 milhões/duas semanas), Call of Duty: Modern Warfare 2 (US$ 1 bilhão/10 dias) e Grand Theft Auto V (US$ 1 bilhão/três dias).
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De acordo com Daniel Wu, chefe da Hero Games (empresa que comprou 20% da Game Science antes do jogo ser produzido), Black Myth: Wukong pode chegar a 30 milhões em vendas durante toda a sua disponibilidade, e isso deve ser potencializado com uma expansão (DLC) que já está em fase de conceitualização. Wu, no entanto, não ofereceu detalhes sobre esse conteúdo extra. A notícia sobre uma expansão já havia sido antecipada pelo The Enemy.
"Wukong é a prova de que nós temos a capacidade de entregar jogos de primeira grandeza, além de contarmos uma boa história com elementos chineses.”
Wu ainda disse que, mesmo após a aquisição parcial da Game Science (avaliada de US$ 8,5 bilhões), a Hero Games ainda estava operando em amplo prejuízo, afirmando que ele e seu companheiro de negócios Feng Ji eram “dois ratos se afogando”, classificando Black Myth: Wukong como uma “aposta”. Segundo ele, a Game Science não teve muito sucesso nos jogos mobile que desenvolveu, e a migração para os consoles foi mal vista por alguns, já que o mercado mobile é bem mais popular na China. Felizmente para todos os envolvidos, não foi esse o caso.
De uma forma geral, a Game Science parece estar conseguindo deixar para trás as controvérsias que ela mesma criou antes do lançamento – e até mesmo imediatamente depois da chegada do jogo: em agosto de 2022, o próprio Feng Ji foi implicado em publicações misóginas e bastante sexistas sobre o jogo no Weibo, onde ele havia se referido às mulheres jogadores como “vermes cobiçosos que vieram apenas para feminizar”.
Pouco depois do lançamento do jogo, a discussão voltou à tona, graças a uma orientação da Game Science para criadores de conteúdo que receberam o jogo antecipadamente. No guia, a empresa pedia que essas pessoas evitassem comentar sobre “propaganda feminista” e outros assuntos.
